SEGURANÇA PÚBLICA
Cães farejadores encontram maconha em caixa de som e mulher é presa em ônibus na BR-364
Suspeita, que já tem passagens pela polícia, viajava para Goiânia mas não soube informar o endereço de destino.
A viagem de uma passageira de 26 anos foi interrompida na noite desta segunda-feira (3). Sophia Angel Ferreira da Silva, nome social de Igor Marcos Ferreira da Silva, foi presa em flagrante. O motivo: tráfico de drogas. Ela transportava oito tabletes de maconha. O entorpecente estava escondido dentro de uma caixa de som, no bagageiro de um ônibus na BR-364, em Cuiabá.
O faro certeiro
O ônibus da empresa Xavante fazia a longa linha Itaituba (PA) – Goiânia (GO). Por volta das 20h20, no Km 387 da BR-364, luzes de giroflex sinalizaram a parada. Era uma fiscalização de rotina do Grupo de Operações com Cães (GOC) da Polícia Rodoviária Federal.
Os agentes levaram os cães Anubis e Lady ao bagageiro. Não demorou. Os animais “marcaram positivamente” uma caixa de som preta, da marca Mondial. A bagagem parecia comum, mas o faro dos cães foi como um alarme.
O ticket da bagagem (n° 232082) estava registrado. Pertencia à passageira da poltrona 12: Sophia Angel.
Nervosismo e contradição
Os policiais rodoviários chamaram Sophia para acompanhar a vistoria. Segundo o boletim da PRF, ela imediatamente demonstrou nervosismo e apreensão.
Questionada, a passageira disse que viajava de Cuiabá para Goiânia, onde visitaria a casa de sua avó. A história, contudo, começou a ruir quando ela não soube informar o endereço nem um telefone de contato da suposta parente. Como visitar alguém sem saber onde?
O peso excessivo da caixa de som já levantava suspeitas. A reação dos cães e as contradições da passageira selaram a vistoria. Os agentes abriram o equipamento. Dentro, encontraram os oito tabletes de substância análoga à maconha.
O silêncio na delegacia
Conduzida à Central de Flagrantes de Cuiabá, Sophia Angel teve poucas palavras.
No depoimento formal, os policiais (o condutor Fernando Koehler e a testemunha Lays Nascimento) afirmaram que, no ônibus, Sophia “confessou que a caixa de som era de sua propriedade”.
No entanto, ao ser questionada sobre a droga, ela usou seu direito constitucional. A PRF Lays Pereira relatou que Sophia disse que “não responderia qualquer questionamento que fosse feito pelos Policiais”. Diante do delegado Marcelo Fernandes Jardim, a postura foi a mesma. Ela declarou que “prestará esclarecimentos apenas em Juízo”.
Sophia, que se declarou autônoma com renda de R$ 1.500, já é conhecida da polícia. O relatório policial aponta passagens anteriores por furto em 2024 e 2025. Ela mesma admitiu no interrogatório já ter sido indiciada por furto (2019 e 2024) e roubo, além de uma condenação por furto qualificado em Várzea Grande.
Destino: DENARC
O delegado Marcelo Fernandes Jardim ratificou a voz de prisão em flagrante. Sophia foi autuada pelo Artigo 33, tráfico de drogas.
Além da droga e da caixa de som, os policiais apreenderam um celular Samsung J6+ com a tela trincada. Também foram retidos seus pertences: uma mala rosa, uma mochila da Betty Boop (contendo itens pessoais e cuecas) e uma bolsa de mão.
Sophia foi encaminhada à Gerência de Custódia Metropolitana. O caso agora segue para a Delegacia Especializada em Repressão a Narcóticos (DENARC), que aprofundará a investigação sobre a origem e o destino da droga.
VÁRZEA GRANDE
Flávia Moretti cobra mudanças e mais discussão sobre repasse de ICMS aos municípios
Segunda maior cidade de Mato Grosso deixará de receber cerca de R$ 32 milhões só no ano de 2025
A prefeita de Várzea Grande, Flávia Moretti (PL), cobrou mudanças de critérios e aumento de discussão sobre os impactos da Lei Complementar nº 746/2022, atualizada pela LC 811/2024, e do Decreto 1.206/2024, que redefiniram o cálculo do Índice de Participação dos Municípios (IPM). A cobrança foi realizada durante uma audiência pública realizada ontem (6), na Assembleia Legislativa (ALMT). De acordo com a coordenadoria de arrecadação da Prefeitura de Várzea Grande, o município deixará de receber cerca de R$ 32 milhões só no ano de 2025.
Conforme a prefeita, destacou os prejuízos da lei ao Município e que desde o início do mandato monitora os números de Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), junto à equipe da Secretaria Municipal de Gestão Fazendária. “Vamos dar uma ideia para vocês. Várzea Grande arrecada R$ 1,5 bilhão para o Estado em ICMS, anual, e recebe R$ 770 milhões de volta. Isso dá, a cada R$ 2,50 que a gente arrecada, R$ 1 volta para gente. Em renda per capita, é R$ 541 por pessoa/ano, que eu tenho para investir, na educação, na infraestrutura, na água, e na saúde, que dá total de R$ 44, para cada um dos 318 mil habitantes. Essa conta não fecha”, destaca Moretti.
A prefeita pede mais justiça de distribuição e justiça tributária com os Municípios. “Não é só mudar por índice populacional, precisamos alterar outros critérios fundamentais, como por exemplo, o índice de infraestrutura o repasse maior é feito aos municípios com maior número de estradas vicinais. Então, aquela infraestrutura que eu fizer em bairro não vai contar para aumentar o meu índice de infraestrutura. O que adianta eu ter o índice de coeficiente de estrutura e não contar onde eu estou levando a infraestrutura? Então, eu vou ficar sem asfaltar Várzea Grande? Vou transformar o Município numa zona rural para poder receber?”, questiona Moretti.
Flávia também lembra que a gestão municipal tem feito um esforço fiscal e destaca os potenciais de Várzea Grande. “Com a internacionalização do aeroporto, nós podemos, via Porto Seco, fazer um trabalho gigante, triplicar, às vezes quadruplicar a arrecadação de ICMS e de ISSQN. Nós temos feito um esforço fiscal imenso no município com os meios de arrecadação própria fazendo conciliação para aumentarmos nossos índices, mas não estamos recebendo nada de volta. Esta matemática não bate, não podemos continuar desta forma”, declara.
O encontro, proposto pelo deputado Faissal Calil (Cidadania), na última quinta-feira (6), reuniu autoridades municipais, economistas e representantes do Legislativo e Executivo de Cuiabá e Várzea Grande. “Vamos conversar com a Secretaria de Fazenda do Estado para estar readequando esta perda de Cuiabá e Várzea Grande”, disse.
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