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Michelly Alencar destaca atuação do Instituto Atitude na Tribuna Livre da Câmara de Cuiabá

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Débora Inácio – Assessoria da vereadora Michelly Alencar
Durante a sessão ordinária desta quinta-feira (29), a vereadora Michelly Alencar (União Brasil) utilizou a Tribuna Livre da Câmara Municipal de Cuiabá para apresentar o trabalho desenvolvido pelo Instituto Atitude, representado por sua presidente, Tereza Morockoski. A participação da entidade teve como objetivo dar visibilidade às ações sociais promovidas e reforçar a importância da destinação correta de recursos públicos.
Em sua fala, a vereadora ressaltou o impacto positivo do Instituto na vida de centenas de cuiabanos. Segundo ela, o trabalho realizado vai além da assistência aos idosos, estendendo-se também a crianças e demais faixas etárias, com ações voltadas à inclusão social e à promoção da dignidade.
“É um trabalho que tem transformado a realidade não apenas dos idosos atendidos, mas de suas famílias como um todo. Além disso, o Instituto também desenvolve ações voltadas para crianças, demonstrando seu compromisso com todas as faixas etárias”, destacou.
Michelly também afirmou ter orgulho de ser parceira da instituição por meio da destinação de emenda parlamentar e enfatizou a relevância de investir em entidades sérias e comprometidas com o bem-estar social.
“A presença da presidente Tereza nesta Casa Legislativa não apenas confirmou a seriedade do trabalho que a entidade realiza, mas também trouxe uma reflexão importante sobre como estão sendo aplicados os recursos públicos. Muitos desses recursos poderiam, e devem, permanecer em Cuiabá, fortalecendo instituições que prestam serviços que o poder público, muitas vezes, não consegue realizar sozinho”, afirmou.
A vereadora defendeu ainda o fortalecimento dos conselhos municipais e a conscientização de empresas quanto à possibilidade de destinação de parte do Imposto de Renda a projetos sociais, como forma de ampliar o impacto de iniciativas como as desenvolvidas pelo Instituto Atitude.
“Precisamos tirar do anonimato ações tão relevantes que mudam vidas todos os dias”, completou.
Sobre o Instituto Atitude
Fundado em 2007, o Instituto Atitude tem como missão atender às necessidades da população por meio de cursos, seminários, campanhas, pesquisas e diagnósticos voltados às políticas públicas de assistência social. A entidade atua na redução da pobreza, promoção da inclusão social e estímulo ao protagonismo individual e coletivo.
O Instituto oferece serviços de proteção social, defesa de direitos e busca promover autonomia e dignidade às pessoas atendidas. Sua atuação contempla crianças, adolescentes, jovens, adultos, idosos e pessoas com deficiência, além de desenvolver ações nas áreas de saúde complementar, segurança alimentar, educação, sustentabilidade e cidadania.
Entre seus principais desafios está o acolhimento institucional de crianças de 0 a 12 anos, reafirmando o compromisso com os direitos humanos, a ética, a democracia e a paz.

Fonte: Câmara de Cuiabá – MT

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Monjaro em Cuiabá: a promessa da caneta emagrecedora e a cortina de fumaça política

A proposta do pré-candidato Abílio Brunini de distribuir o medicamento Mounjaro em Cuiabá é analisada como uma política de saúde pública insustentável e uma tática de diversionismo político para desviar a atenção de problemas administrativos crônicos.

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Proposta de distribuição do medicamento Mounjaro em Cuiabá gera debate sobre a viabilidade para a saúde pública e seu possível uso como estratégia política.
Proposta de distribuição do medicamento Mounjaro em Cuiabá gera debate sobre a viabilidade para a saúde pública e seu possível uso como estratégia política.Foto: Rogério Florentino

Enquanto a tirzepatida é vendida como solução mágica, a proposta pode servir como cortina de fumaça para desviar o foco de problemas reais e inflamar o debate político na capital.

A notícia de uma caneta que pode eliminar mais de 20 quilos em um ano e meio soa como música para quem luta contra a balança. O Mounjaro (tirzepatida) demonstrou uma potência impressionante, com estudos apontando uma redução de até 22,5% do peso corporal. Diante disso, a ideia de distribuí-lo na rede pública, como cogitado pelo prefeito de Cuiabá, Abílio Brunini, parece uma solução rápida e moderna para a epidemia de obesidade. Contudo, para além dos questionamentos sobre a viabilidade sanitária e financeira, a proposta se insere em uma conhecida tática política: a criação de um espetáculo para desviar o foco de problemas crônicos da gestão e mobilizar a base eleitoral.

Afinal, o que acontece quando a medicação acaba?

A conta do efeito rebote

O primeiro obstáculo é a própria natureza do tratamento. O Mounjaro não cura a obesidade, ele a gerencia. Pesquisas são claras ao mostrar que, um ano após interromper o uso da tirzepatida, os pacientes recuperam cerca de 14% do peso que haviam perdido. Na prática, isso significa que para manter os resultados, o uso precisa ser contínuo. Essa dependência contínua não apenas questiona a sustentabilidade financeira de uma distribuição em massa, como também acende um alerta sobre a criação de uma população cronicamente dependente de um fármaco para manter um resultado que, na sua ausência, se desfaz como um castelo de areia.

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Um rombo nos cofres públicos

O custo é outro fator impeditivo. Com valores mensais que podem ultrapassar os R$ 2 mil por paciente, a conta para o Sistema Único de Saúde (SUS) seria astronômica, especialmente considerando que mais de um quinto da população adulta brasileira vive com obesidade. Não é por acaso que a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec) já barrou a inclusão de outros medicamentos para obesidade, como a sibutramina, avaliando que o alto impacto orçamentário não compensava os benefícios, considerados modestos e arriscados.

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Muito além do remédio

Talvez o ponto mais crítico seja a visão simplista que a medicalização em massa representa. Tratar a obesidade apenas com uma injeção é ignorar suas raízes profundas. As diretrizes do Ministério da Saúde e da Organização Mundial da Saúde (OMS) são uníssonas: a abordagem deve ser multidisciplinar, envolvendo mudanças no estilo de vida e suporte profissional. A OMS vai além, advertindo que “a medicação isolada não será suficiente” e que o foco excessivo nos remédios pode criar uma “resposta distorcida” ao problema.

O SUS não disponibiliza medicamentos para obesidade

Atualmente, o Sistema Único de Saúde (SUS) não disponibiliza medicamentos específicos para o tratamento da obesidade. Esta ausência de opções farmacológicas na rede pública representa uma lacuna significativa no tratamento de uma doença que afeta aproximadamente 22% dos brasileiros adultos.

O protocolo atual do SUS para tratamento de sobrepeso e obesidade em adultos recomenda apenas intervenções não medicamentosas, incluindo:

  • Mudanças no estilo de vida

  • Orientações dietéticas

  • Prática de atividade física

  • Acompanhamento psicológico

  • Em casos mais graves, cirurgia bariátrica

Por Que o SUS Não Oferece Medicamentos para Obesidade?

Análise da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) e rejeições anteriores

A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec) é o órgão responsável por avaliar a inclusão de novos medicamentos no sistema público. Até o momento, todos os medicamentos para obesidade analisados foram rejeitados por diversos motivos:

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1. Sibutramina (2020)

A Conitec recomendou a não incorporação da sibutramina baseada em:

  • Incertezas quanto ao benefício real do medicamento

  • Tendência de recuperação do peso perdido ao longo do tempo

  • Eventos adversos significativos

  • Alto impacto orçamentário para o SUS

2. Wegovy e Saxenda (2025)

Em maio de 2025, a Conitec emitiu parecer preliminar desfavorável à inclusão da semaglutida (Wegovy) e liraglutida (Saxenda), citando:

Custo extremamente elevado:

  • Estimativa de gastos entre R$ 3,4 bilhões a R$ 7 bilhões em cinco anos.

  • Impacto orçamentário considerado insustentável para o SUS

Necessidade de acompanhamento especializado:

  • Requer suporte psicológico e mudanças no estilo de vida

  • Dificuldade de implantação em larga escala no SUS

Critérios de Avaliação da Conitec

A comissão analisa múltiplos aspectos antes de incorporar qualquer tecnologia:

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  • Eficácia e segurança comprovadas

  • Evidências científicas robustas

  • Avaliação econômica comparativa

  • Impacto orçamentário para o SUS

  • Viabilidade de implementação

A cortina de fumaça farmacêutica

A discussão sobre o Mounjaro em Cuiabá não pode ser desassociada de uma estratégia política mais ampla, frequentemente utilizada por Brunini e outros expoentes da extrema direita: o diversionismo. O próprio deputado já admitiu publicamente o uso da tática, gabando-se de ter distraído a esquerda na CPMI do 8 de janeiro com suas “palhaçadas” para aprovar requerimentos de seu interesse. A postura disruptiva, que lhe rendeu o apelido de “bobo do Congresso”, parece ter eficácia eleitoral, mantendo-o na liderança das pesquisas para a prefeitura.

Essa metodologia, que transforma o debate público em um palco para o espetáculo, busca intencionalmente canalizar a atenção da mídia e dos eleitores para temas polêmicos e de fácil digestão, enquanto questões estruturais, como as falhas na saúde, educação e infraestrutura da cidade, permanecem convenientemente nas sombras. A proposta de uma “solução” cara e de efeito midiático para a obesidade se encaixa perfeitamente nesse roteiro, inflamando seguidores e forçando adversários a debater um tema secundário, enquanto os problemas reais da administração aguardam soluções concretas.

A redução da política a um jogo de engajamento corrói o debate democrático. No fim das contas, a população pode ficar com o pior dos dois mundos: a promessa de uma solução de saúde frágil e cara, e uma política que prefere o barulho da polêmica ao trabalho silencioso de resolver os problemas que realmente importam.

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