SEGURANÇA
Suspeito com tornozeleira desligada é preso por tráfico no bairro Eldorado em Várzea Grande
Pm alega que ele resistiu à abordagem e se feriu; suspeito acusa policiais de invadirem a casa.
A noite terminou mal para um homem de 37 anos no bairro Eldorado, em Várzea Grande. Ele foi preso em flagrante por tráfico de drogas na segunda-feira (3). O detalhe que mais chama atenção: o suspeito usava uma tornozeleira eletrônica. O equipamento estava desligado. Com ele, a Polícia Militar diz ter encontrado maconha, uma balança e apetrechos para embalar a droga. O suspeito, por outro lado, nega tudo.
A abordagem
O Grupo de Apoio (GAP) da PM fazia rondas no Eldorado. Eram cerca de 22h20. Os policiais avistaram Edcron Luiz de Souza, de 37 anos, conhecido como “Cabeção”. Ele estava com outras duas pessoas em frente a uma casa. Segundo o boletim de ocorrência, o grupo tentou fugir ao ver a viatura. Os dois acompanhantes desapareceram. Edcron disparou para dentro da residência na Travessa 152. Na correria, ele deixou cair uma sacola plástica. Dentro dela, os PMs encontraram seis porções de maconha.
Resistência e captura
Os policiais entraram na casa logo atrás do suspeito. A situação lá dentro esquentou. Conforme o relato dos agentes, Edcron resistiu ativamente à abordagem. Ele não obedeceu às ordens. Foi preciso usar “técnicas de imobilização” para contê-lo. Na luta, o suspeito foi ao chão. Ele acabou caindo com as costas sobre um armário da cozinha. O móvel quebrou. Edcron sofreu escoriações nas costas devido à queda.
O que foi encontrado
Só depois de algemado a PM fez a varredura na casa. A busca revelou mais itens. Os policiais encontraram meio tablete de substância análoga à maconha. Também acharam uma balança de precisão, um rolo de plástico filme e várias embalagens tipo “ziplock”. Esse material é comumente usado para preparar drogas para a venda. Três celulares danificados (dois Redmi, um Samsung) e um anel de prata também foram apreendidos.
A perícia confirma
O material seguiu para a análise técnica. O laudo pericial (Nº 311.3.26.9067.2025.064057-A01) confirmou. As nove porções apreendidas (incluindo a sacola e o tablete) eram mesmo Cannabis sativa L., a maconha. O peso bruto totalizou 247,22 gramas. A perícia também anotou algo importante: a balança de precisão estava inoperante.
A versão do suspeito
Na Central de Flagrantes, Edcron deu uma versão bem diferente. Ele aceitou falar mesmo sem um advogado presente. Afirmou que estava em casa apenas com sua esposa. De repente, a PM chegou “estourando” a porta. Ele nega ser o dono da droga. Negou também qualquer envolvimento com o tráfico. Afirmou que não sabe de onde vieram a maconha ou os apetrechos. Ele se declarou inocente.
Velho conhecido
O suspeito não é novato no sistema. Durante o interrogatório, Edcron admitiu que já foi indiciado antes. Os crimes? Porte ilegal de arma, roubo e, também, tráfico de drogas. Ele confirmou que já foi processado e condenado na Comarca de Várzea Grande. O fato de ele estar usando uma tornozeleira eletrônica, que segundo a PM estava desligada no momento da abordagem, levanta questões graves sobre a eficácia do monitoramento de indivíduos com histórico criminal extenso.
O delegado Alcindo Rodrigues da Silva ratificou a prisão em flagrante. O crime de tráfico é inafiançável. Edcron foi encaminhado ao Centro de Custódia. O caso agora segue para a Delegacia Especializada em Repressão a Narcóticos (DENARC).
DESTAQUE
Mãe de três é presa por furto em loja do VG Shopping; veja vídeo
polícia aponta cúmplice Jovem de 23 anos, que já responde por outra ocorrência semelhante, foi detida com 47 peças de roupa; uma segunda mulher conseguiu fugir
A tarde de compras terminou em detenção para B.N.A., 23 anos. Ela foi presa em flagrante nesta quinta-feira (06), por volta das 13h, no Várzea Grande Shopping. A jovem, que se declarou autônoma e mãe de três filhos pequenos, foi detida por seguranças após sair da Lojas C&A. Com ela, uma sacola grande continha 18 shorts e 29 camisetas, todos ainda com os sensores antifurto intactos.
Assista o vídeo no final da matéria.
O flagrante no shopping
O acionamento da Polícia Militar ocorreu via CIOSP pouco depois das 14h. Ao chegar ao local, a guarnição, liderada pelo 2º Sargento Luiz Carlos de Amorim, encontrou a suspeita já detida pela equipe de segurança do shopping. Segundo o supervisor Rubens, B.N.A. foi abordada ao deixar a C&A. Ela carregava a sacola volumosa com as 47 peças. Os policiais deram voz de prisão e utilizaram algemas, alegando “fundado receio de fuga”, conforme consta no boletim de ocorrência. Em seguida, conduziram a detida e a representante da loja à 4ª Delegacia de Polícia, na Central de Flagrantes.
A comparsa que escapou
A narrativa na Central de Flagrantes revelou um segundo elemento. Danielly Ines Bispo de Moraes, funcionária da C&A, explicou que foi alertada pela segurança do shopping sobre a ação de duas suspeitas. Segundo o relato, uma delas conseguiu escapar. Esta mulher, descrita como “de blusa azul, calça jeans, cabelo preto liso e comprido”, também carregava uma sacola de produtos furtados. B.N.A. foi a única detida. Danielly solicitou a juntada das imagens do circuito interno, que, segundo ela, confirmam a ação conjunta. As 47 peças recuperadas, avaliadas no total, foram formalmente reconhecidas e devolvidas à loja.
“Não sabia que iriam furtar”
Ouvida pela autoridade policial, já assistida por sua advogada, Joelma Medeiros Gonçalves, B.N.A. deu sua versão. Ela confirmou que foi ao shopping acompanhada, mas alegou ter sido induzida. A jovem afirmou ter ido ao local com uma “conhecida de nome Amanda”. Declarou em seu interrogatório que “não sabia que iriam furtar”. Segundo seu relato, foi Amanda quem, já dentro do estabelecimento, a chamou para “pegar as roupas”, entregando-lhe uma sacola. B.N.A. disse que Amanda saiu primeiro. Ao tentar sair logo depois, foi interceptada pelo segurança. A jovem, que tem três filhos (de 7 meses, 4 e 6 anos) e reside em Cuiabá, alegou que as peças seriam para “uso próprio”, mas atribuiu à suposta cúmplice a escolha das roupas masculinas apreendidas.
Reincidência e prisão qualificada
A análise do delegado Claudinei de Souza Lopes resultou na ratificação da voz de prisão. B.N.A. foi autuada por furto qualificado pelo concurso de pessoas (Art. 155, § 4º, IV do Código Penal). A decisão de qualificar o crime, que impede o arbitramento de fiança pela autoridade policial neste caso, baseou-se no fato da conduzida estar “em companhia de outra comparsa não identificada (conforme depoimento de DANIELLY INES BISPO DE MORAES e vídeo do sistema de segurança da loja)”. A situação da jovem é agravada por seus antecedentes; uma pesquisa criminal revelou um Auto de Prisão em Flagrante anterior, também por furto qualificado, registrado em Cuiabá no ano de 2023. Em seu interrogatório, ela admitiu o processo anterior, mas alegou não ter sido condenada. Sem fiança arbitrada, foi encaminhada à Gerência de Custódia e Escolta Metropolitana, onde aguarda decisão judicial.
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