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SERVIÇO E CIDADANIA

ConexãoMT lança ferramenta que revela todos os ‘penduricalhos’ dos salários do TJMT, acesse gratuitamente

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A nova plataforma ‘Conexãotransparência’ permite consulta detalhada de vencimentos e rubricas de juízes e desembargadores, com acesso gratuito.

O portal ConexãoMT estreou uma nova ferramenta de fiscalização pública. O serviço, chamado “Conexão transparência”, já está no ar. Ele é um dashboard (painel de controle) intuitivo e responsivo  que permite a consulta, por qualquer cidadão, de forma gratuita, os salários detalhados de todos os juízes e desembargadores do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT). O objetivo é claro: revelar a “caixa-preta” dos vencimentos do judiciário.

O dashboard pode ser utilizado por todos os veículos de comunicação, gratuitamente, bastando citar a fonte: Conexãotransparência/site: www.conexaomt.com

Como consultar os dados

 

O acesso é simples e direto. Os usuários precisam apenas acessar a página inicial do www.conexaomt.com. Lá, encontrarão o banner “Conexão transparência”. Um clique leva diretamente à plataforma. A princípio, a página já está carregada com todos os dados salariais referentes ao ano de 2025 disponíveis.

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Além do salário-base

 

A ferramenta vai além do vencimento básico. Ela permite ao visitante dissecar a composição completa do salário final dos magistrados. Estão presentes todas as rubricas que, somadas, formam o total recebido. Isso inclui valores de auxílio transporte, abono de permanência, ajuda de custo, e todas as demais verbas indenizatórias ou adicionais. O sistema oferece filtros avançados. O usuário pode consultar os dados de forma conjunta ou analisar cada rubrica separadamente, entendendo o peso de cada extra no holerite.

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Comparação e futuro

 

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Para facilitar a análise crítica, a plataforma também exibe um gráfico comparativo. Este gráfico coloca lado a lado o salário do magistrado e o teto legal estabelecido pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Mas o trabalho está apenas começando. O “Conexãotransparência” é um projeto em evolução. O ConexãoMT já anunciou que, em breve, incluirá o histórico salarial dos anos anteriores, cobrindo o período de 2018 a 2024.

A expansão não para no TJMT. O projeto visa incluir dados de outras entidades públicas, como os salários do Ministério Público Estadual. O ConexãoMT recomenda que os usuários visitem a página periodicamente para acompanhar as atualizações. A promessa é uma só: “Revelamos a caixa-preta dos salários do TJMT, tudo a alcance de todos, de forma simples, intuitiva e gratuita.”.

A ferramente foi criada pelo jornalista Rogério Florentino. Os dados foram compilados da ferramenta DadosJus.

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AGRONEGÓCIO

Leite e queijo ‘impróprios para consumo’ levam à prisão em Rosário Oeste, Cattani discoda; veja vídeos

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Operação policial com Vigilância Sanitária flagrou produtos armazenados com ‘sujidade’ e ‘junto com medicamento para animas’ em local ‘totalmente insalubre’.

Assista ao vídeo no final da matéria.

Uma operação conjunta da Polícia Civil e da Vigilância Sanitária em Rosário Oeste, realizada na manhã de 6 de novembro de 2025, resultou na prisão em flagrante de Meirivaldo Ferreira de Oliveira, 44 anos, conhecido como “Vado”. Ele é acusado de manter e vender laticínios em condições impróprias para o consumo, um crime contra as relações de consumo tipificado no Art. 7º da Lei 8.137/1990. A ação expôs uma produção que, segundo laudo técnico, operava em um cenário de grave risco sanitário, mas o caso rapidamente transbordou da esfera policial para a política, expondo uma profunda crise sobre fiscalização no município.

O flagrante na chácara

 

Quando as equipes chegaram à propriedade rural, por volta das 06h40, encontraram o pai do suspeito, Eduardo Bertula de Oliveira, de 70 anos, no meio da extração do leite. O relatório policial descreve a cena: o pai estava “ordenhando as vacas de forma inadequada e em local improprio, sem as normas vigente”. O cenário encontrado pela fiscalização era preocupante.

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O laudo oficial da Vigilância Sanitária, que fundamentou a prisão, foi taxativo sobre o risco à saúde pública, detalhando a apreensão de aproximadamente 100 litros de leite e 30 peças de queijo artesanal.

Moscas e o risco de botulismo

 

O que justificou a ação drástica? O documento técnico é direto. O leite estava com “Armazenamento sem refrigeração adequada”, o local da ordenha foi classificado como “totalmente insalubre” e havia “Ausência de comprovação de certificação sanitária”. A situação do queijo era ainda mais alarmante. O produto estava “armazenado em geladeira com presença de sujidade e junto com medicamento para animas”.

O medicamento em questão, segundo apurado, era um frasco aberto da vacina veterinária Excell 10. A presença deste item específico transforma o risco sanitário em uma emergência de saúde de potencial catastrófico.

A vacina Excell 10 é utilizada para prevenir clostridioses, um grupo de doenças que inclui o Botulismo. O perigo real, apontado por especialistas, reside na possibilidade de o frasco conter a Toxina Botulínica ativa. Lotes desta vacina específica foram objeto de investigação pelo Ministério da Agricultura em 2025 justamente por falhas no processo de inativação da toxina.

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A Toxina Botulínica é uma das substâncias mais letais conhecidas pela ciência. O queijo fresco, por ser um produto poroso, de alta umidade e rico em nutrientes, funciona como um meio de cultura ideal. A contaminação cruzada pela circulação de ar dentro da geladeira poderia facilmente transferir a toxina ou esporos da bactéria para o alimento, criando um cenário perfeito para uma intoxicação alimentar gravíssima, neuroparalítica e frequentemente fatal.

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Diante desse quadro, os fiscais concluíram que tanto o leite quanto os queijos estavam “impróprios para consumo humano”. Determinaram, assim, a inutilização imediata de toda a produção.

A ‘confusão’ na chegada

 

Enquanto os agentes apreendiam os maquinários de ordenha, “Vado” chegou ao sítio. O boletim de ocorrência, lavrado pelo investigador Jorge Luiz Francisco de Paula, registra que Meirivaldo “começou a questionar a operação”. O relatório detalha que ele passou a “desmerecer o serviço da PJC e da Vigilância Sanitária” e a “atrapalhar o andamento dos serviços no local”. Foi nesse momento que ele recebeu voz de prisão e foi conduzido à delegacia.

Consumo próprio ou venda?

 

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Na delegacia, acompanhado por um advogado, Meirivaldo Ferreira de Oliveira optou por falar. Ele alegou que a ordenha “era para consumo próprio”. Contudo, admitiu que, “às vezes, quando havia sobra, vendia ou fazia queijo”. Questionado especificamente sobre a comercialização dos queijos apreendidos, “respondeu que não”, afirmando que “quando alguém ia até sua chácara e pedia um queijo, ele costumava doar”.

A versão, porém, destoa parcialmente do depoimento de seu pai. Eduardo, o pai, afirmou que “a maioria da ordenha é para consumo próprio”. Mas, sobre os queijos, declarou que “realiza a venda apenas quando alguém encomenda, não possuindo ponto fixo de comercialização”. Os investigadores confirmaram em depoimento as condições precárias, citando o armazenamento “exposto a moscas e próximo a medicamentos”.

‘Não precisa de regras para o mínimo’

 

Ao analisar os fatos, o delegado Mauro Cristiano Perassolli Filho foi duro em seu despacho. Ele considerou a materialidade do crime “gritante” e “CONCRETIZADA com a presença da VIGILANCIA SANITARIA”. A autoridade policial listou a ausência de condições básicas: “NÃO HÁ manejo sanitário”, “NÃO HÁ refrigeração e estocagem do leite”, “NÃO HÁ higiene”, “NÃO HÁ controle integrado de pragas”.

Perassolli Filho rechaçou a ideia de que a simplicidade justificaria o risco sanitário. Ele escreveu que, “por mais que seja um HUMILDE LEITEIRO, a ASSIDUIDE é NATA, não precisa ser conhecedor de REGRAS para perceber o MÍNIMO DE CUIDADO para com os ALIMENTOS”. Diante disso, determinou a prisão em flagrante de Meirivaldo, sem arbitramento de fiança, e o encaminhou à Cadeia Pública.

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Reação política: ‘Absurdo’

 

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A prisão, justificada tecnicamente pela autoridade policial, gerou forte reação política. O deputado estadual Gilberto Cattani (PL) usou suas redes sociais para classificar a operação como um “absurdo”. Em postagem no dia 6 de novembro, Cattani declarou: “Produtor de leite preso e ordenhadeira apreendida? Estamos acompanhando este absurdo que aconteceu em Rosário Oeste/MT. Produtor de leite não é criminoso.”

A fala do deputado ocorre no momento em que ele articula projetos de lei na Assembleia Legislativa para, segundo ele, “desburocratizar” a fiscalização. Uma das propostas dispensa a apresentação da Guia de Trânsito Animal (GTA) junto ao INDEA. A medida é duramente criticada por entidades técnicas.

O Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Agrícola (Sintap-MT) alertou em nota que a proposta “abre brechas perigosas para o transporte irregular de animais e o avanço da clandestinidade.” O sindicato destacou que a GTA é “o documento que rastreia e comprova a sanidade do rebanho, garantindo que o alimento consumido seja seguro.”

Cidade sob tensão: ‘Jeitinho brasileiro’

 

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A crítica de Cattani à fiscalização em Rosário Oeste cai sobre um cenário municipal já conflagrado. No dia 2 de outubro, a médica veterinária J.G.B.A., responsável pelo Serviço de Inspeção Municipal (SIM) da cidade, foi demitida. A exoneração ocorreu um dia após ela interditar o “Abatedouro do Fili”, um estabelecimento que operava clandestinamente.

O Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV-MT) manifestou “profunda preocupação” com a demissão, afirmando em nota que “Qualquer situação que possa sugerir retaliação, interferência política ou desvalorização do exercício técnico da profissão merece atenção e repúdio institucional.”

A crise local se aprofundou com o vazamento de um áudio, obtido pelo site “A Imprensa de Cuiabá”, atribuído ao prefeito Mariano Balabam. Na gravação, o gestor municipal supostamente sugere um “jeitinho brasileiro” para contornar o problema da carne clandestina, que existiria há “duzentos anos” na região.

Enquanto a esfera política debate o mérito da fiscalização, a investigação policial sobre o caso de “Vado” também apura “possível maus-tratos e exploração de animais”, devido à constatação de “vacas visivelmente magras” na propriedade.

Assista aos vídeos, clique na imagem e você será direcionado ao YouTube:

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