Cinco jovens que se mudaram do Maranhão para Mato Grosso para trabalhar em uma empresa de construção civil desapareceram no dia 9 de janeiro. Eles estavam em um alojamento em Várzea Grande, na região metropolitana de Cuiabá. As vítimas foram identificadas como Diego de Sales Santos (22 anos), Wallison da Silva Mendes (21 anos), Wermison dos Santos Silva (21 anos), Mefibozete Pereira da Solidade (25 anos) e Walyson da Silva Mendes (25 anos).
Comunicação do desaparecimento
O dono da empresa comunicou o desaparecimento à Polícia Civil. Ele relatou que os funcionários chegaram ao alojamento no dia 9 de janeiro. No dia seguinte, quando foi buscá-los para o primeiro dia de trabalho, não encontrou ninguém no local. As mensagens enviadas às vítimas na noite do dia 9 foram recebidas, mas nunca visualizadas.
Relatos das famílias sobre o caso
As famílias relatam angústia com a falta de respostas e suporte por parte da empresa contratante. A Sra. Marinete Wanderley da Silva, 46 anos, mãe de Walyson da Silva Mendes, 25, concedeu entrevista exclusiva ao site ConexãoMT e revelou detalhes sobre o desaparecimento.
Segundo ela, o último contato com o filho foi no dia 9, às 10h12 da manhã. Na ocasião, ele informou que havia chegado ao alojamento no Mato Grosso. “Aí quando foi às 10, 10:12 da manhã, ele me mandou mensagem dizendo que já tinha chegado, que o pessoal da empresa já tinham levado eles pro alojamento.”
Ela também explicou que o trabalho em torres era a ocupação frequente dos jovens. “Esse trabalho passa 3 meses, vem, passa 10 dias em casa, volta, só que em serviço de torre, essas coisas, sabe?”
A mãe inicialmente não se preocupou com a falta de contato, pois o filho havia mencionado que o celular estava com problemas. “Só que aí eles tinham dito para mim que o celular de Wisson tava terminando de esvandaiar [quebrar], né? Porque tava tava soltando a tela.”
A viagem para o Mato Grosso foi repentina, sem planejamento financeiro da família. “Aí no dia 6 agora ele me ligou a tarde, ele me disse que ele tinha arrumado esse serviço, só que ele não disse pra gente que ele ia pro Mato Grosso. Foi de repente essa viagem.”, disse a mãe. A empresa se encarregou do transporte de Santa Inês para o Mato Grosso, relatou Marinete, segundo ela, o filho a comunicou que não precisaria de todo dinheiro da passagem, pois a empresa se encarregaria de levá-lo a partir de Santa Inês, “não, mãe, não é para arrumar o dinheiro até MT, é só até para mim ir até Santa Inês, porque de Santa Inês para lá é o ônibus da empresa.”.
Falta de suporte da empresa contratante
A mãe também destacou a ausência de suporte da empresa, mesmo após o registro do desaparecimento na delegacia. “Nenhum da empresa nunca deu suporte para a família. Nenhum da empresa entrou em em contato com a família.” Ela acrescentou que as famílias ainda não têm qualquer informação sobre as investigações. “A gente não sabe de nada, a gente não sabe como anda a investigação, não sabe nada.”
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