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Perfil oficial da Igreja Adventista faz post dúbio e entidade é criticada: “Até o homem mais sábio do mundo cometeu erros graves…”

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O perfil oficial da Igreja Adventista fez um post (23) que causou muita repercussão negativa. O post fala sobre aprender com nossos erros, e que até o homem mais sábio do mundo [se referindo ao Rei Salomão] cometeu erros graves.

A citação foi interpretada como uma forma de contemporizar a atitude do pastor Célio José Longo, foi filmado fazendo um símbolo nazista de saudação a Hitler, durante um culto na Igreja Adventista do Sétimo Dia Central de Cuiabá.

A publicação atraiu a revolta de vários fiéis, que questionaram seu tom ameno. Vão continuar calados? Diz um comentário que inclui o vídeo do pastor Célio fazendo homenagem ao nazismo.

Outro comentário assevera que Não há problema em errar mas acobertar CRIME sim! A membresia está cansada de liderança que não vive os princípios da Iasd e não tem moral pra cobrar, se quer fazer piada com microfone e fazer a gente passar vergonha vira humorista e sai do pupito!

A publicação conta com um link, que remete um vídeo sobre erros e acertos.

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Assista ao vídeo:

O outro lado

A redação tentou contato via telefone com a sede da Igreja Adventista, mas nenhum deles completou a ligação. O espaço esta aberto e as notas enviadas serão incluídas aqui.

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VLT de Cuiabá é exemplo de tudo o que dá errado em obras no Brasil

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Em 2012, o governo de Mato Grosso começou a construir uma moderna linha de Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), uma espécie de bonde, na Região Metropolitana de Cuiabá. Orçada em R$ 1,4 bilhão, a obra era parte do pacote para a Copa de 2014. Mais de dez anos depois, outras duas Copas começaram e acabaram, 2014 é apenas uma lembrança incômoda para o torcedor brasileiro, os trilhos por onde passariam os vagões estão sendo substituídos por pistas, e o VLT se transformou de uma hora para outra num sistema que será operado por ônibus. Mais de R$ 1 bilhão foi gasto, e nada ficou pronto até hoje.

Foto: Rogério Florentino

O histórico da obra do VLT Cuiabá-Várzea

Grande é um triste exemplo dos descaminhos do dinheiro dos contribuintes, duplamente punidos.
Primeiro, ao ser obrigados a pagar por uma obra eivada de irregularidades. Segundo, ao ser privados de um transporte moderno num setor em que o país apresenta carências crônicas.

Quando o projeto foi lançado, na gestão do governador Silval Barbosa (MDB), a expectativa era que os trens transportassem 160 mil passageiros por dia numa linha de 22 quilômetros e 33 estações.

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Num roteiro desastroso, misturam-se incompetência, megalomania, longas batalhas jurídicas e muita roubalheira. Em 2017, uma operação da Polícia Federal com o sugestivo nome de Descarrilho apontou na obra e na compra de equipamentos indícios de fraudes em licitação, corrupção ativa e passiva, associação criminosa, peculato e lavagem de dinheiro.

Segundo a PF, as empreiteiras pagaram R$ 18 milhões em propina ao governo. Estima-se um sobrepreço de R$ 120 milhões só na compra dos trens. O próprio Barbosa admitiu o esquema de corrupção. As obras foram paralisadas em dezembro de 2014 com 75% dos serviços executados.

Em 2020, o governador Mauro Mendes (União Brasil) decidiu trocar trens por ônibus. O governo alegou que concluir o VLT custaria mais que o dobro. Os trilhos trazidos da Polônia começaram a ser arrancados por retroescavadeiras. Não se sabe o que será feito dos 260 vagões já comprados na Espanha. O novo projeto foi orçado em R$ 468 milhões, com conclusão prevista para 2025. Nesse valor não estão computados os ônibus elétricos, estimados em R$ 200 milhões.

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Por mais que a implantação do VLT de Mato Grosso tenha sido um erro de avaliação, é preciso considerar que já foi gasto mais de R$ 1 bilhão. Se houve roubalheira, que se punam os culpados e se peça ressarcimento. Não tem cabimento mudar um projeto quando faltam 25% para sua conclusão.

Do início ao fim, a história do VLT Cuiabá-Várzea Grande mostra tudo o que dá errado com as obras de infra-estrutura no Brasil: planejamento malfeito, contratos superfaturados, promiscuidade entre fornecedores e Estado, corrupção e dinheiro jogado fora em troca de nada para a população. Nas sábias palavras do economista Mário Henrique Simonsen, teria saído mais barato e melhor para todos pagar apenas as propinas.

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