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Civis deixam cidades na Ucrânia durante cessar-fogo temporário

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Civis deixam cidades na Ucrânia durante cessar-fogo temporário

SÃO PAULO, SP – A Rússia abriu nesta terça-feira (8) novos corredores humanitários para retirada de civis na Ucrânia. Moradores de Sumi (nordeste) e Irpin (próxima a Kiev) conseguiram deixar as cidades, de acordo com autoridades ucranianas.

O acordo para cessar-fogo temporário entrou em vigor às 10h (4h em Brasília). Pouco depois, o governo ucraniano divulgou imagens de civis embarcando em um ônibus de comboio humanitário.

“Nós já começamos a retirada de civis de Sumi para Poltava [região central da Ucrânia]. Pedimos para que a Rússia aceite outros corredores humanitários na Ucrânia”, disse o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmitro Kuleba, em uma rede social.

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Além de Sumi, foram planejados corredores humanitários na capital Kiev e outras três cidades ucranianas: Tcherhihiv, Kharkiv e Mariupol, segundo a agência de notícias Interfax.

A operação para a retirada dos moradores foi acordada nesta segunda (7), durante a terceira rodada de negociações sobre o conflito. Antes, a organização de corredores humanitários em cidades ucranianas, acordada na segunda reunião de negociações, fracassou devido à continuação dos ataques.

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Também nesta segunda (7), proposta feita por Moscou para retirada de civis foi rechaçada por Kiev. No modelo proposto, seis rotas seriam estabelecidas e, em algumas delas, o destino dos civis seriam cidades russas e belarussas. Kiev descreveu o plano como inaceitável e imoral.

“Vamos tentar de novo”, escreveu Mikhailo Podolak, chefe de gabinete do presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, nas redes sociais. Segundo ele, o acordo para o corredor humanitário de Sumi nesta terça foi aceito pelas duas partes.

Segundo a vice-primeira-ministra ucraniana Irina Vereshchuk, o Ministério da Defesa da Rússia se comprometeu, em uma carta enviada à Cruz Vermelha, a respeitar o corredor nesta terça. A trégua deveria acontecer das 9h às 21h locais (4h às 16h de Brasília).

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Ela alertou, entretanto, para o risco de ataques mesmo com a entrada dos corredores em vigor. “Temos informações de que o lado russo planeja perturbar este corredor e que há manipulações para obrigar as pessoas a seguir outro itinerário que não está coordenado [com os ucranianos] e é perigoso”, disse.

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Antes da abertura dos corredores humanitários, ao menos 21 pessoas -incluíndo duas crianças- morreram durante bombardeio em Sumi. A cidade, localizada a 350 km ao leste de Kiev, tem sido palco de combates violentos há vários dias.

“Aviões inimigos atacaram de maneira insidiosa edifícios residenciais”, disse o serviços de emergência ucraniano. Os socorristas conseguiram resgatar ao menos uma mulher que estava presa sob os escombros.

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Senado aprova PEC sobre criminalização da posse de drogas

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O Senado aprovou nesta terça-feira (16), em dois turnos, a proposta que inclui na Constituição Federal a criminalização da posse e do porte de qualquer quantidade de droga ilícita. A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) teve 53 votos favoráveis e nove contrários no primeiro turno, e 52 favoráveis e nove contrários no segundo turno.

Apresentada pelo presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), a PEC acrescenta um inciso ao art. 5º da Constituição Federal para considerar crime a posse e o porte, independentemente da quantidade de entorpecentes e drogas sem autorização ou em desacordo com a lei. Segundo a proposta, deve ser observada a distinção entre o traficante e o usuário pelas circunstâncias fáticas do caso concreto, aplicando aos usuários penas alternativas à prisão e tratamento contra dependência.

Pacheco esclareceu que a PEC faz uma ressalva sobre a impossibilidade da privação de liberdade do porte para uso de drogas. “Ou seja, o usuário não será jamais penalizado com o encarceramento”, disse. Ele também destacou que a utilização de substâncias derivadas de drogas ilícitas para uso medicinal não será afetada pela PEC.

Atualmente, a Lei nº 11.343, de 2006, conhecida como Lei das Drogas, estabelece que é crime vender, transportar ou fornecer drogas. A pena é de reclusão de cinco a 15 anos, além de multa. Adquirir, guardar,  transportar ou cultivar drogas para consumo pessoal também é considerado crime pela lei atual, mas neste caso as penas previstas são advertência, medidas educativas e prestação de serviços à comunidade. A legislação não estabelece uma quantidade de entorpecentes que diferencie os dois delitos.

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Ao justificar a apresentação da PEC, Rodrigo Pacheco argumenta que não há tráfico de drogas se não há interessados em adquiri-las. “O traficante de drogas aufere renda – e a utiliza para adquirir armamento e ampliar seu poder dentro de seu território – somente por meio da comercialização do produto, ou seja, por meio da venda a um usuário final”, diz.

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As propostas de emenda à Constituição devem ser aprovadas em dois turnos de votação, precedidos de cinco e duas sessões de discussões em Plenário, respectivamente, para entrarem em vigor. Uma PEC é aprovada quando acatada por, no mínimo, três quintos dos senadores (49 votos), após dois  turnos de deliberação.

Após aprovada no Senado, a proposta seguirá para a análise da Câmara dos Deputados. Para que a mudança seja incluída na Constituição, a PEC precisa ser aprovada nas duas Casas do Congresso.

Votação no STF

A aprovação da PEC pelo Senado é uma resposta ao Supremo Tribunal Federal, que  também avalia a questão do porte de drogas. O julgamento do tema foi suspenso em março por um pedido de vista apresentado pelo ministro Dias Toffoli. Antes da interrupção, o julgamento está 5 votos a 3 para a descriminalização somente do porte de maconha para uso pessoal.

No recurso analisado, o STF julga a constitucionalidade do Artigo 28 da Lei das Drogas. Para diferenciar usuários e traficantes, a norma prevê penas alternativas de prestação de serviços à comunidade, advertência sobre os efeitos das drogas e o comparecimento obrigatório a curso educativo para quem adquirir, transportar ou portar drogas para consumo pessoal.

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A lei deixou de prever a pena de prisão, mas manteve a criminalização. Dessa forma, usuários de drogas ainda são alvo de inquérito policial e de processos judiciais que buscam o cumprimento das penas alternativas.

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No caso concreto que motivou o julgamento, a defesa de um condenado pede que o porte de maconha para uso próprio deixe de ser considerado crime.  O acusado foi detido com 3 gramas de maconha.

Debate

A votação em plenário foi precedida de debate entre senadores contrários e favoráveis à PEC. Marcos Rogério (PL-RO) disse que a PEC vem em defesa da sociedade brasileira. Segundo ele, um terço das prisões do país se dá em razão das drogas. “Mas não porque são usuários, mas porque são traficantes, que atormentam as famílias brasileiras”.

O senador Humberto Costa (PT-CE) disse que a PEC amplia a discriminação contra pessoas pobres, negras e marginalizadas e defendeu que a mudança vai desestimular os usuários de drogas a buscarem o tratamento adequado. “Procurar o serviço de saúde será reconhecer a condição de usuário e dependente e, portanto, estar submetido à possibilidade de ser criminalizado e responder a vários processos”.

Em seu relatório, o senador Efraim Filho (União-PB) destacou a nocividade social e de saúde pública que as drogas proibidas geram. “Nesse contexto, vale destacar que a simples descriminalização das drogas, sem uma estrutura de políticas públicas já implementada e preparada para acolher o usuário e mitigar a dependência, fatalmente agravaria nossos já insustentáveis problemas de saúde pública, de segurança e de proteção à infância e juventude”, disse.

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EBC

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