A Secretaria de Estado de Segurança Pública e a Polícia Civil inauguraram, nesta terça-feira (13.5), as novas instalações da Delegacia de Vera, após reforma e ampliação, que trouxeram melhorias para o desempenho dos trabalhos dos servidores e atendimento ao cidadão. A entrega do prédio revitalizado foi realizada no dia do aniversário da cidade como um presente para a população local.
Em janeiro de 2024, os investigadores lotados na Delegacia de Polícia de Vera iniciaram um trabalho visionário voltado à melhoria das condições estruturais e funcionais da unidade. Com empenho e planejamento, foi dado início a elaboração de projetos voltados à ampliação e reforma do prédio, além de mobilização de esforços para a captação de recursos que viabilizassem a reforma e ampliação da unidade.
Após a finalização dos projetos, o Conselho Comunitário de Segurança Pública (Conseg) do município destinou o valor de R$ 352.581,00, utilizado na ampliação da estrutura física da delegacia. A Polícia Civil do Estado de Mato Grosso, por sua vez, complementou o investimento com R$ 100 mil destinados à reforma da edificação já existente.
As obras iniciaram em abril de 2024 e foram concluídas no mês de abril de 2025. Com a reforma, a Delegacia passou por uma transformação completa. Antes limitada a apenas três salas de atendimento, a unidade agora conta com nove salas, incluindo: sala do delegado, cartório central, cartório 1, sala de investigação, sala de atendimento para vítimas vulneráveis (com foco especial em mulheres e pessoas em situação de vulnerabilidade), sala de atendimentos de flagrantes e sala para confecção de boletins de ocorrência.
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Além disso, houve um avanço significativo na infraestrutura sanitária: o único banheiro existente foi substituído por três novos banheiros — um deles destinado ao público, adaptado para pessoas com deficiência e mobilidade reduzida, e dois de uso exclusivo dos servidores, divididos em feminino e masculino.
Ainda pensando na humanização do atendimento, foi implantado um espaço na recepção da Delegacia, uma brinquedoteca, proporcionando acolhimento e conforto para crianças que acompanham familiares em atendimentos.
Outra importante melhoria foi a construção de sete vagas de garagem, sendo duas exclusivas para viaturas e cinco destinadas a veículos apreendidos ou de servidores. Uma antiga edificação de madeira, que ficava aos fundos da unidade e que já comprometida e com risco de desabamento, foi totalmente demolida.
No lugar, foi erguido um novo complexo em alvenaria, que inclui, alojamento com banheiro, cozinha externa, sala-cofre para guarda segura de objetos de valor, drogas e armas, arquivo, despensa.
O secretário de Segurança Pública, Coronel PM César Rovéri, reforçou que a união de esforços é um fundamental para os bons frutos e bons resultados, e que a parceria que o Governo do Estado faz com os municípios, outros órgãos, produtores rurais e sociedade civil organizada traz grandes resultados para toda a sociedade.
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“É uma obra importante que traz melhorias ao servidor e para a vítima que vai ser assistida de maneira adequada, humanizada e com o melhor atendimento em uma hora difícil. Nós estamos aqui da Segurança Pública, seja Polícia Civil, seja Polícia Militar, estamos aqui para isso, para a atuar em prol da sociedade especialmente no combate à atuação de facções criminosas e crimes de invasão de terras, que ocorrem em todas as regiões do estado”, frisou Roveri.
A delegada-geral, Daniela Maidel, lembrou como era a unidade antes da reforma e ampliação e do momento de crescimento que a Polícia Civil vem vivendo, em razão dos investimentos do Governo do Estado em diversas áreas como tecnologia, armamento, infraestrutura e capacitação de pessoal.
“Eu estive há 15 anos em Vera e lembro bem da fragilidade da delegacia anterior, que não traduzia a importância da Polícia Civil e do trabalho que os servidores desempenham. A Polícia Civil passa por um momento muito feliz da sua história, que temos um governo que faz questão de saber onde o recurso está sendo aplicado e o que vai representar na ponta. .Cada vez mais o crime exige da Segurança Pública uma atuação qualificada, diferenciada, exemplo disso são as grandes operações que temos aqui na região”, destacou Maidel.
O prefeito de Vera, Yago Giacomelli, disse que a revitalização da delegacia é um ganho muito grande para a comunidade que recebe um prédio reformando e preparado para melhor atendimento à população. “Nós lembramos como era essa estrutura antes e fica claro que vai melhorar muito atendimento aos nossos munícipes de Vera que estarão muito bem assistidos, uma vez que a equipe da unidade também é muito empenhada nos serviços prestados”, disse o delegado.
O delegado de Vera, Jailson Peres, frisou que a data marca não apenas a inauguração de um prédio reformado e ampliado, mas a concretização de um sonho coletivo dos servidores que trabalham delegacia: o de oferecer uma estrutura digna, segura e eficiente para os policiais civis que atuam e para toda a população que busca, neste local, atendimento e justiça.
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“Por tudo isso, quero expressar minha profunda gratidão a todos os policiais civis desta unidade Emanoel, Adriana, Carlos e Tiago. Mesmo diante das adversidades, nunca mediram esforços para a execução desse projeto. Mostraram que, com união, espírito público e dedicação, é possível transformar a realidade”, disse o delegado.
Polícia prende dupla que aplicou “salve” de facção em garotas de programa com mangueira
Dois homens foram presos em Tapurah, MT, após agredirem duas garotas de programa com uma mangueira. A agressão, conhecida como “salve”, foi uma punição ordenada por uma facção criminosa após uma briga entre as vítimas. Os suspeitos foram identificados por câmeras de segurança.
Investigação da Polícia Civil em Tapurah utilizou imagens de câmeras de segurança para identificar e prender os suspeitos da agressão.Foto:PJC
Mulheres foram torturadas em boates de Tapurah como forma de “castigo” e ficaram com vergões pelo corpo; agressores foram identificados por câmeras de segurança.
Uma denúncia anônima sobre uma sessão de tortura, conhecida como “salve”, levou a Polícia Civil a prender dois homens, de 21 e 24 anos, na noite desta segunda-feira (16) em Tapurah, a 435 km de Cuiabá. Eles são suspeitos de agredir brutalmente duas garotas de programa, de 20 e 40 anos, com golpes de mangueira, a mando de uma facção criminosa que atua na região. As vítimas, marcadas pelo medo e por vergões nos braços e costas, receberam o “corretivo” após uma briga entre elas.
O chamado na noite
Tudo começou quando a polícia foi acionada com a informação de que uma mulher estava sendo espancada em uma boate na Avenida dos Trabalhadores. A denúncia era clara: tratava-se de um “salve”, uma punição imposta por um grupo criminoso. O motivo seria um desentendimento anterior, no qual ela teria tentado ferir uma colega de profissão.
Ao chegarem ao primeiro endereço, os investigadores encontraram o local de portas fechadas. Dentro, várias garotas de programa negaram qualquer ocorrência. A situação, no entanto, mudou de figura rapidamente. Enquanto ainda estavam lá, uma nova denúncia chegou, apontando para o mesmo tipo de agressão, mas em outro estabelecimento, desta vez na Avenida Brasil.
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Vítimas do medo
No segundo local, a equipe policial se deparou com a vítima mais jovem, uma moça de 20 anos, em visível estado de choque e chorando muito. Ela se recusava a falar sobre o que havia acontecido, mas as marcas recentes de violência em suas costas e braços contavam a história que suas palavras escondiam. Os ferimentos, semelhantes a vergões, denunciavam a agressão com a mangueira.
A jovem foi imediatamente encaminhada para atendimento médico e para a realização do exame de corpo de delito, que confirmou as lesões. Na delegacia, o terror era palpável. Temendo pela própria vida, ela permaneceu em silêncio durante o depoimento e apenas comunicou que deixaria a cidade naquela mesma noite, sendo escoltada pelos policiais até o seu embarque no ônibus.
Com a informação de que a briga entre as duas mulheres foi o estopim para a punição da facção, os policiais retornaram à primeira boate. Lá, encontraram a segunda vítima, uma mulher de 40 anos, que também exibia os mesmos sinais de espancamento pelo corpo, um testemunho silencioso da violência que sofrera.
A caçada aos agressores
A virada na investigação veio com a análise das câmeras de segurança da casa noturna. As imagens não deixavam dúvida: dois homens chegam, fazem uma breve reunião com as garotas de programa e, em seguida, as levam para um quarto nos fundos. Um deles pega uma mangueira no quintal, entra no cômodo e, ali, a agressão acontece. Depois, a dupla simplesmente vai embora.
De posse das características dos suspeitos, a Polícia Civil pediu reforço à Polícia Militar. A sorte, ou a eficiência, estava do lado da lei. Uma equipe da PM que patrulhava a região havia abordado dois homens com as mesmas descrições a poucos metros do local, momentos antes.
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A partir daí, a captura foi rápida. Um dos suspeitos foi localizado quase que de imediato, e o segundo, encontrado pouco depois, em sua casa. Ambos foram inequivocamente identificados pelas imagens e, para surpresa dos agentes, ainda vestiam as mesmas roupas usadas durante o crime. Presos, foram colocados à disposição da Justiça para responder pela tortura.
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