SAÚDE
Brasil fornecerá à Argentina tecnologia da vacina contra febre amarela
Publicado em
17 de novembro de 2023por
Da Redação
O Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz) vai compartilhar os métodos de produção da vacina contra a febre amarela com laboratórios públicos argentinos. O acordo de transferência de tecnologia foi firmado nesta sexta-feira (17), por meio de termo de compromisso entre o instituto brasileiro e a Administração Nacional de Laboratórios e Institutos de Saúde Dr. Carlos Malbrán (ANLIS). Esta será a primeira vez que a Fiocruz vai transferir sua tecnologia para um parceiro.
Bio-Manguinhos é um dos quatro produtores mundiais da vacina febre amarela pré-qualificados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e tem um importante papel no fornecimento desses imunizantes para países da América Latina, Caribe e África, por meio das agências das Nações Unidas. Desde 2002, o laboratório brasileiro já exportou para a Argentina mais de 7 milhões de doses dessa vacina.
Para a assinatura do termo, estiveram presentes no Itamaraty, em Brasília, as ministras da Saúde do Brasil, Nísia Trindade Lima, e da Argentina, Carla Vizzotti, além do presidente da Fiocruz, Mario Moreira, do diretor de Bio-Manguinhos, Maurício Zuma, e do diretor da ANLIS, Pascual Fidelio. Para Mário Moreira, o acordo foi histórico.
“É a primeira vez que assinamos acordo para transferência de tecnologia da Fiocruz para um parceiro. É a Fiocruz transferindo conhecimento e tecnologia para a produção da vacina de febre amarela para um país irmão e uma instituição centenária como a nossa. Trata-se de uma cooperação Sul-Sul absolutamente estruturante. E acredito que podemos ir além no futuro. Mais do que transferir tecnologias, a Fiocruz busca fomentar o desenvolvimento de uma rede de produção regional de vacinas na América Latina em parcerias com os institutos da região” destaca o presidente da Fiocruz.
Doença endêmica
Assim como no Brasil, a febre amarela é uma doença endêmica na Argentina, e a vacinação em áreas de risco foi introduzida no calendário de rotina do país em 2002. Desde então, Bio-Manguinhos fornece o imunizante ao país.
“É com alegria que temos colaborado com o programa de imunizações argentino, ao longo destes anos, por meio do fornecimento da vacina febre amarela. Hoje, temos orgulho de poder fazer ainda mais, contribuindo desta vez para que esse país vizinho possa começar sua jornada rumo a sua autonomia em relação a esse imunizante”, celebra Mauricio Zuma.
Apesar do compromisso já firmado, ainda será necessária a assinatura de um contrato de transferência de tecnologia entre as instituições para o detalhamento de todas as etapas do processo, bem como do cronograma a ser cumprido.
Laboratório centenário
Antes chamada de Oficina Sanitária Argentina, a ANLIS Malbrán foi criada em 1893 e é uma instituição de referência em pesquisa, produção, diagnóstico e vigilância. Ela é ligada ao Ministério da Saúde da Argentina e responsável pela coordenação de toda a rede de laboratórios públicos do país vizinho.
“Para o nosso país, é um avanço muito importante poder receber a transferência de tecnologia para produzir a vacina contra a febre amarela, que vai ocorrer no Instituto Nacional de Enfermidades Virais Humanas Dr, Julio Maiztegui, um dos 14 centros e institutos que compõem a ANLIS Malbrán. É um passo inicial para outras transferências que poderão ocorrer no futuro, tanto no campo das vacinas, como para kits diagnósticos. Em diversos contatos que tivemos com a Fiocruz, essa é a primeira vez que avançamos com as condições para uma transferência desse porte”, comemora Fidelio.
Fonte: EBC SAÚDE
SAÚDE
Unicef: maioria de jovens com HIV aprova acolhida em serviços de saúde
Published
2 horas agoon
1 de dezembro de 2023By
Da Redação
Mais de 50% dos jovens que vivem com HIV no Brasil aprovam o acolhimento recebido em serviços de saúde. É o que revela uma pesquisa do Fundo das Nações Unidas para a Infância
(Unicef), entidade vinculada à Organização das Nações Unidas (ONU). Os dados do levantamento foram divulgados nesta sexta-feira (1º), dia em que é celebrado o Dia Mundial de Luta contra a Aids. A data foi instituída em 1988 pela Assembleia Geral da ONU.
A pesquisa recebeu o título de “Nós somos a resposta: O que adolescentes e jovens que vivem com HIV/aids pensam sobre o acesso aos serviços de saúde no Brasil”. De acordo com os resultados, 64% dos respondentes de um questionário online avaliaram positivamente o acolhimento recebido. Por outro lado, 35,7% o classificaram como razoável ou ruim.
Além disso, cerca de 20% dos entrevistados afirmaram que já vivenciaram, no sistema de saúde brasileiro, situações como desrespeito ao desconforto, privacidade, desconforto durante o atendimento ou sentimento de culpa ou vergonha por ser uma pessoa com HIV.
Ao mesmo tempo, 13% relataram que tiveram seu diagnóstico positivo revelado sem consentimento pela equipe de saúde e 20% foram orientados a não ter relações sexuais. “É lei federal que resultados de exame de HIV devem ser comunicados de forma sigilosa”, observa Luciana Phebo, chefe de saúde do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) no Brasil.
Também foram levantadas questões relacionadas ao deslocamento até o serviço de saúde: 21% afirmaram levar mais de uma hora, 53,7% entre 30 minutos e uma hora e 46,3% gastam até 30 minutos. Para Luciana Phebo, esses dados permitem entender melhor as barreiras para a adesão ao tratamento. “As dificuldades afastam os jovens”, assegura.
O HIV é um vírus que afeta o sistema imunológico. A contaminação ocorre na maioria das vezes através do contato sexual desprotegido. O compartilhamento de objetivos perfurantes e cortantes como seringas, agulhas e alicates de unha também pode levar à transmissão.
Dificuldades
Quando uma pessoa é contaminada e não realiza tratamento, seu organismo começa a ter dificuldades para responder a infecções e doenças, configurando, assim, a aids. Nos últimos anos, o avanço do conhecimento científico e o aprimoramento do uso dos antirretrovirais vêm permitindo que mais pessoas que vivem com HIV não desenvolvam a aids. Com o tratamento adequado, a maioria dos pacientes consegue reduzir a carga viral no sangue para níveis indetectáveis.
Quando isso acontece, a pessoa deixa de transmitir o HIV. Por esta razão, observa Luciana, o tratamento não apenas melhora a qualidade de vida de cada paciente como também é fundamental para interromper o ciclo de transmissão do vírus.
A Unesco chama atenção que 44,1% das 40.880 notificações de HIV em 2021 envolveram pacientes entre 15 e 29 anos. “Apesar da contínua redução de novos casos na última década, o Brasil ainda apresenta altas taxas de novas infecções”, registra o relatório da pesquisa.
Nessa quinta-feira (30), Ministério da Saúde divulgou dados referentes ao ano de 2022. O país registrou 43.403 novos casos de infecção por HIV no último ano. Ao todo, estima-se que um milhão de pessoas no Brasil vivem com vírus. Desse total, 90% (900 mil) já foram diagnosticadas, 81% (731 mil) das que têm diagnóstico estão em tratamento antirretroviral e 95% (695 mil) dos que estão em tratamento antirretroviral têm carga indetectável do vírus.
Uma recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS) aos países é a busca da denominada meta 95-95-95 até 2030, para garantir que 95% das pessoas que vivem com o vírus sejam diagnosticadas. Dessas, ao menos 95% precisam ter acesso ao tratamento. E 95% dos pacientes que estão tratando devem conseguir reduzir o vírus a níveis indetectáveis.
Entre os respondentes do questionário aplicado pela Unesco, 89,4% disseram que realizaram o teste de carga viral nos últimos 12 meses e estavam indetectáveis. Além disso, 91,7% afirmaram também que a equipe de saúde conversou sobre o teste de carga viral. Para a Unesco, as altas taxas de testagem e de indetectabilidade do vírus mostram a importância do sistema público de saúde e da realização do tratamento.
Desafios
A pesquisa foi realizada com o apoio do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids) e da Rede Nacional de Adolescentes e Jovens Vivendo com HIV/Aids. Também contou com parceria técnica da empresa Oppen Social. O questionário online foi respondido por 710 pessoas entre 17 e 31 anos, sendo 488 residentes das capitais e 222 em outros municípios.
Além do levantamento de dados quantitativos, foram realizadas rodas de conversas com 70 jovens de sete capitais e entrevistas com lideranças de coletivos que atuam em diferentes locais para uma análise qualitativa. Como apontam os resultados, o estigma ainda existente em relação à doença é considerado a maior barreira para uma acolhida adequada e humanizada. O sistema de saúde é valorizado de forma geral, embora tenham sido apontados desafios em relação ao preparo dos profissionais de saúde para trabalhar com pessoas vivendo com HIV.
Falta de clareza
Entre os pontos destacados nas rodas de conversas e entrevistas, estão a escassez de informações e a falta de clareza na comunicação sobre possibilidades de tratamento e sobre o processo de marcação de exames e consultas.
Casos de fornecimento de informações conflitantes sobre o tratamento foram citados. Nessas situações, a atuação dos coletivos de jovens tem se revelado importante para a troca de experiências e acolhimento entre pares. Apesar das dificuldades mencionadas, também foram colhidos relatos de profissionais de saúde que atuaram de forma acolhedora e inclusiva.
“Uma coisa que os jovens levantaram é a importância do acompanhamento psicológico durante o tratamento. São momentos impactantes. Outra questão é a expansão dos atendimentos. O acesso ao serviço de saúde é uma barreira para os jovens se manterem no tratamento. Ter uma agilidade na marcação das consultas vai certamente ampliar o acesso ao tratamento e às medicações”, opina Luciana Phebo.
Segundo a Unesco, os dados levantados são úteis para guiar políticas públicas e outras ações capazes de transformar unidades de saúde em espaços acolhedores para adolescentes e jovens, e empoderar redes de adolescentes e jovens e conscientizá-los sobre seus direitos em relação aos serviços de saúde universais, humanizados e de qualidade.
*Título corrigido às 09h43. Diferentemente do informado antes, a agência da ONU responsável pela pesquisa é o Unicef
Fonte: EBC SAÚDE

Comissão aprova certificação voluntária para produção de lítio verde no Brasil

Comissão avalia queixas de consumidores sobre minigeração de energia

Comissão de Educação vota projeto que anistia dívidas com o Fies

Comarca de Várzea Grande desenvolve ação com atendimento jurídico e social para comunidade local

Prefeitura de Diamantino adere ao programa de subsídios para financiamento e doação de imóveis do Governo do Estado
GRANDE CUIABÁ


Johnny Everson articula aprovação de PL que institui a Semana dos Quintais de Siriri e Cururu
01/12/2023 Johnny Everson articula aprovação de PL que institui a Semana dos Quintais de Siriri e Cururu O Projeto de...


Vereador lança projeto de incentivo a arborização e vai distribuir mais de 300 mudas de árvores
01/12/2023 Vereador lança projeto de incentivo a arborização e vai distribuir mais de 300 mudas de árvores A fim de...


Chico 2000 articula reconhecimento de ONG de proteção aos animais
01/12/2023 Chico 2000 articula reconhecimento de ONG de proteção aos animais Com 20 votos favoráveis, o Plenário da Câmara Municipal...
MATO GROSSO


Plano ABC+ em Mato Grosso ganha 7 novos parceiros e avança em ações sustentáveis
O Plano Estadual para Adaptação à Mudança do Clima e Baixa Emissão de Carbono (Plano ABC+), que busca mitigar as...


Governo de MT entrega nova escola em Porto dos Gaúchos neste domingo (03)
O Governo de Mato Grosso entrega, neste domingo (03.12), a obra de construção e readequação da Escola Estadual José Alves...


Governo de MT investe R$ 2 milhões para apoiar pesquisas de impacto direto na cadeia produtiva da Amazônia Legal
O Governo do Estado está investindo R$ 2 milhões para apoiar pesquisas na Amazônia Legal pelo edital de chamamento intitulado...
POLÍCIA


Mandante de feminicídio em Lucas do Rio Verde é preso pela Polícia Civil tentando fugir de Mato Grosso
O mandante do feminicídio de uma mulher, assassinada no início da semana em Lucas do Rio Verde, foi preso na...


Tatuagem auxiliou Polícia Civil a confirmar identidade de preso na Bolívia, procurado por tráfico de armas e homicídios em MT
Uma tatuagem no tórax auxiliou na confirmação da identidade do criminoso brasileiro detido nesta semana, na cidade de Santa Cruz...


Tatuagem auxiliou Polícia Civil a confirmar identidade de preso na Bolívia, procurado por tráfico de armas e homicídios em MT
Uma tatuagem no tórax auxiliou na confirmação da identidade do criminoso brasileiro detido nesta semana, na cidade de Santa Cruz...
ENTRETENIMENTO


Fernanda Paes Leme rebate críticas de internautas sobre seu corpo: ‘Bom senso’
Grávida do primeiro filho, Fernanda Paes Leme foi alvo de críticas e julgamentos após fazer uma publicação no Instagram. Nesta quinta-feira (30),...


O fim de semana será de muita música sertaneja com Bruno e Marrone e Trio Parada Dura na Musiva, espetáculo...


Filha de Gloria Pires agita web ao mostrar mansão da família em Brasília: ‘Paraíso!’
Antonia Morais, filha de Gloria Pires e Orlando Morais, usou sua rede social para fazer um tour pela casa de...
ESPORTES


Cruzeiro e Athletico Paranaense ficam só no empate, em Belo Horizonte
O empate em 1 a 1 com o Cruzeiro, nesta quinta-feira (30), encerrou a luta do Athletico por uma vaga...


Bragantino perde para o Fortaleza e sai da briga pelo Brasileirão
O Fortaleza venceu o Red Bull Bragantino por 2 a 1 no Estádio Nabi Abi Chedid, pela 36ª rodada do...


Grêmio vence, rebaixa o Goiás e mantém chance de título do brasileirão
O Grêmio saiu vitorioso no confronto contra o Goiás, com placar de 2 a 1, em partida realizada em Porto...
MAIS LIDAS DA SEMANA
-
VÁRZEA GRANDE5 dias ago
1.000 TITULARES E SUPLENTES TÊM SEUS NOMES DIVULGADOS PELA PREFEITURA DE VÁRZEA GRANDE
-
BRASIL2 dias ago
TV Brasil comemora 50 anos de carreira de Alcione com especial inédito
-
ALMT2 dias ago
STJ remarca pela nona vez a data para julgar Botelho
-
CUIABÁ4 dias ago
Taylor Swift recebe família de jovem de MT que morreu em show no RJ