Pesquisar
Close this search box.

TECNOLOGIA

Comitê de Apoio Técnico da Lei do Bem inicia atividades em Brasília

Publicado em

O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) deu início, nesta segunda-feira (3), em Brasília (DF), às atividades do Comitê de Apoio Técnico (CAT) da Lei do Bem, principal instrumento de estímulo às atividades de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) nas empresas brasileiras. O encontro, que segue até sexta-feira (7), reúne consultores técnicos, especialistas e representantes do MCTI para discutir aprimoramentos técnicos e procedimentos relacionados à aplicação da lei e à análise de projetos submetidos por empresas beneficiadas pelos incentivos fiscais.

A sessão de abertura ocorreu no auditório principal do MCTI e marcou o início de uma semana de trabalho voltada ao fortalecimento dos instrumentos de apoio à inovação no País. O secretário de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (Setec), Daniel Almeida, destacou a relevância do trabalho técnico e colaborativo desenvolvido pelos participantes. “É muito difícil trabalhar na fronteira das ciências, avaliar o que de fato é pesquisa e desenvolvimento e o que representa investimento direto nessas atividades. Sei o quanto esse trabalho é árduo, mas também essencial para o País. A Lei do Bem é hoje o principal instrumento de apoio à inovação e ao desenvolvimento tecnológico no Brasil”, afirmou.

A abertura também contou com a presença do coordenador de Instrumentos de Apoio à Inovação da Setec, Marconi Albuquerque, que destacou a importância do CAT. “Os projetos são muitos e crescentes e há um grande contingente que precisamos envolver nesse processo como um todo. Hoje abrimos um novo ciclo do Comitê de Apoio Técnico da Lei do Bem”, frisou. Além deles, compuseram a mesa o chefe de gabinete da Setec, Rogério Passos; e o diretor-geral de Instrumentos de Apoio à Inovação, Hideraldo Luiz de Almeida.

Leia Também:  "A ciência é o instrumento mais poderoso que temos para preservar e regenerar o planeta", diz ministra em encontro com presidente da França na COP30

Durante a cerimônia, Almeida explicou que já foram concluídas as primeiras análises até 2023 e que agora o grupo começa os projetos de 2024, entregues em 30 de setembro. “Esse trabalho vem sendo feito de forma cada vez mais ágil, e nossa meta é garantir que, até o próximo ciclo de submissão, em 2026, as empresas já tenham retorno de todos os seus processos anteriores”, afirmou.

Consultores da UFF apresentam diagnóstico

Advertisement

Os consultores da Universidade Federal Fluminense (UFF), Vicente Ferreira e Eduardo Camilo da Silva, participaram da abertura do CAT apresentando um diagnóstico detalhado sobre a aplicação da Lei do Bem. Eles também demostraram o chatbot de inteligência artificial Sibem Responde, desenvolvido para apoiar o atendimento e esclarecer dúvidas de empresas e profissionais sobre a legislação.

Vicente Ferreira explicou os principais achados do diagnóstico feito com os dados dos projetos analisados. “Conseguimos identificar as informações mais relevantes e as lacunas na clareza quanto ao objeto dos projetos. Por exemplo, faltavam detalhes sobre o que cada integrante da equipe fazia, e a questão da terceirização dos recursos humanos também era pouco clara. Dividimos todos os projetos de primeira análise em quatro quadrantes para entender onde havia concordância ou divergência entre o pesquisador e o ministério, e identificamos oportunidades de melhoria nesse processo”, explicou.

Já Eduardo Camilo da Silva apresentou o funcionamento do chatbot Sibem Responde, destacando como a inteligência artificial é constantemente aprimorada para fornecer respostas precisas. “O chatbot aprimora suas respostas com base nas interações anteriores, consultando a base de dados para avaliar se as respostas foram corretas ou não. Ele permite que os usuários façam consultas complexas sobre enquadramento de projetos, normas internacionais ou dúvidas específicas da Lei do Bem, oferecendo um acompanhamento contínuo e seguro”, explicou.

Leia Também:  Luciana Santos fala a deputados sobre a necessidade de ampliar o orçamento para a ciência, tecnologia e inovação

No período da tarde, os participantes foram divididos em salas de trabalho que discutirão ao longo da semana diferentes aspectos relacionados à operacionalização da Lei do Bem, como critérios de elegibilidade, análise de projetos de P&D e aperfeiçoamento dos processos de avaliação técnica.

Lei do Bem

Advertisement

Instituída há 20 anos, a Lei nº 11.196/2005, conhecida como Lei do Bem, é o principal instrumento de incentivo fiscal às atividades de pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I) no País. Regulamentada pelo Decreto nº 5.798/2006, a legislação permite que empresas tributadas pelo Lucro Real usufruam de benefícios fiscais ao investirem em projetos que criem novos produtos, processos ou melhorias tecnológicas.

Ao longo de duas décadas, a Lei do Bem se consolida como ferramenta estratégica para aumentar a competitividade, produtividade e capacidade técnico-produtiva das empresas brasileiras, estimulando a geração de empregos qualificados e o avanço do conhecimento científico e tecnológico. As atividades contempladas abrangem desde a pesquisa básica dirigida até a pesquisa aplicada e o desenvolvimento experimental, reconhecendo a importância de investimentos em áreas de maior risco tecnológico, essenciais para inovação consistente e sustentável.

O incentivo fiscal previsto na Lei do Bem alcança todos os setores da economia e todas as regiões do País, garantindo que as empresas tenham suporte para transformar seus investimentos em inovação em resultados concretos e de alto impacto no desenvolvimento nacional.

Fonte: Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação

Advertisement
COMENTE ABAIXO:

TECNOLOGIA

Duas pesquisadoras do INMA estão entre os cientistas mais atuantes em trabalhos que influenciam políticas públicas no mundo

Published

on

Duas cientistas do Instituto Nacional da Mata Atlântica (INMA), unidade de pesquisa vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), estão entre os 107 estudiosos mais recorrentes em trabalhos que embasam decisões estratégicas em todo o mundo. O levantamento foi feito com base nos dados da plataforma internacional Oventen sobre produções científicas citadas em documentos que auxiliam na construção de políticas públicas. O INMA é responsável por estudos sobre o bioma, a restauração e o uso sustentável da mata atlântica.

A pesquisadora Juliana Hipólito teve 12 artigos citados em 204 documentos consultados no levantamento. Ela é formada em ciência biológica, com mestrado e doutorado em ecologia e biomonitoramento pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Juliana atua especialmente nos temas polinização, conservação, ciência cidadã e análises espaciais. Atualmente, ela também integra o Comitê Gestor da Rede Brasileira de Interações Planta-Polinizador.

A pesquisadora do INMA comenta sobre a importância desse reconhecimento. “É uma grande honra estar nesse ranking, especialmente ao lado de pesquisadores que são grandes referências para mim. É muito bom quando vemos que o nosso trabalho tem o potencial de gerar impacto na sociedade, auxiliando na construção de políticas públicas”, afirma Juliana.

Leia Também:  "A ciência é o instrumento mais poderoso que temos para preservar e regenerar o planeta", diz ministra em encontro com presidente da França na COP30

Com extensa citação no levantamento, a professora da UFBA Blandina Felipe Viana teve 27 artigos citados em 256 documentos. Formada em ciências biológicas e engenharia agronômica, com mestrado e doutorado em ecologia pela Universidade de São Paulo (USP), atualmente, ela integra o Conselho Técnico-Científico do INMA. Blandina atua nas áreas de conservação e uso sustentável de polinizadores e de polinização, práticas agrícolas baseadas na natureza, ecologia aplicada à gestão ambiental e ciência cidadã.

A pesquisadora Blandina Felipe Viana avalia que é preciso também encontrar formas de rastrear o impacto da pesquisa científica nas políticas públicas implementadas no país. “No Brasil, a gente ainda não tem bons mecanismos para acompanhar o impacto da nossa produção científica nas decisões nacionais. A gente não tem aqui uma cultura consolidada de reconhecer e citar essas fontes. Isso não significa que esse conhecimento que a gente está gerando não esteja sendo aplicado, mas que a gente ainda precisa encontrar formas de tornar esse processo mais visível” afirma Viana.

Advertisement

O estudo da Agência Bori indica que 107 pesquisadores brasileiros embasaram mais de 33 mil documentos de políticas públicas desde 2019, reforçando a importância da ciência nacional. Para a jornalista e cofundadora da Agência Bor, Sabine Righetti, o resultado aponta a importância do estudo divulgado. “Esse tipo de levantamento é muito importante porque mostra a incidência do trabalho dos cientistas na sociedade, a circulação real do conhecimento científico impactando a tomada de decisão”, afirma Righetti.

Leia Também:  Com investimento de R$ 35 milhões, MCTI impulsiona soberania digital e inovação em IA no Piauí

A participação feminina na ciência brasileira

O relatório da Agência Bori expõe um dado que merece atenção: a lista dos 107 cientistas conta com apenas 22 mulheres, o que corresponde a 20,5% do total. Essa distribuição é ainda mais desigual em áreas tradicionalmente estratégicas, como clima, atmosfera e energia, onde a presença feminina entre os destaques é nula.

Os números revelam barreiras a serem enfrentadas, mesmo com a produção científica feminina reconhecida mundialmente. Com o objetivo de enfrentar essa desproporção, o MCTI promove iniciativas como o Prêmio Mulheres e Ciência. A ideia é promover equidade, diversidade e visibilidade à participação feminina na área, com prêmios em dinheiro de R$ 5 mil a R$ 50 mil para as vencedoras. A 2ª edição da premiação está com inscrições abertas até 24 de novembro de 2025.

Fonte: Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação

Advertisement

COMENTE ABAIXO:
Continuar lendo

GRANDE CUIABÁ

MATO GROSSO

POLÍCIA

ENTRETENIMENTO

ESPORTES

MAIS LIDAS DA SEMANA