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Bono diz ter vergonha de maioria das músicas do U2

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Bono diz ter vergonha de maioria das músicas do U2

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Bono, 61, deu a entender que não é o maior fã do U2. O cantor e compositor foi convidado para falar de sua participação no filme “Sing 2” no podcast Awards Chatter, da Hollywood Reporter, mas o que chamou a atenção foram suas falas sobre a banda que ele lidera desde 1976.


Primeiro, ele revelou que sente vergonha da maior parte das canções do grupo. “Já aconteceu de estar dentro de um carro e uma das nossas músicas começa a tocar no rádio”, contou. “Acabei ficando vermelho, muito envergonhado.”

Ele ainda disse que a música do U2 que ele mais ouve é “Miss Sarajevo”, que teve a participação de Luciano Pavarotti (1935-2007), e que se orgulha da canção “Vertigo”, mas fica por aí. “Falando sério, a maioria delas [das músicas do U2] me deixa ligeiramente constrangido”, confirmou.

Bono também comentou que não gosta muito do nome da banda, que foi escolhido pelos membros da banda. Segundo o artista, eles foram influenciados pelo primeiro empresário, Paul McGuiness, que teria dito que U2 “ficaria bem em uma camiseta”.

“Na nossa cabeça soava como o nome de um avião de espionagem, era futurista”, comentou. “Mas acabamos todos concordando. Não, eu não gosto do nome. Eu ainda não gosto do nome.”

Não faltaram críticas nem sequer a ele próprio. O cantor disse que sua voz não é muito boa e que precisou de muito tempo para melhorar nesse quesito. “Eu só me tornei um cantor de verdade recentemente”, avaliou. “E talvez, para os ouvidos de algumas pessoas, isso ainda não tenha acontecido, e eu entendo.”

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CABELOS AFRO: DORES E LIBERTAÇÃO

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CAROL BISPO é visagista_ especialista em cabelos crespos e cacheados_ acadêmica de Psicologia e idealizadora do método Cabelo do Dia Seguinte

Mais de 100 anos após a abolição e ainda existem pessoas negras vítimas de todo tipo de preconceito e discriminação. Na área da beleza, infelizmente, o “padrão branco” continua sendo considerado a única referência de belo existente. É comum encontrar pessoas escondendo seus cabelos crespos/cacheados por vergonha ou rejeição deles. Inegavelmente são dores silenciadas ao longo dos anos, mas presentes até os dias atuais. É nesse sentido que o resgate da autoestima e ancestralidade, que perpassam a decisão de assumir os cabelos naturais, representam também um processo de libertação.

Como estudante de Psicologia e visagista especialista em cabelos naturais, entendo que a transição capilar simboliza a cura das feridas causadas pela opressão e o racismo. Transicionar é escancarar o bullying da infância, os comentários negativos… Tocar nesse cabelo, falar dele, pode revelar as dores camufladas e as vezes até esquecidas, mas que vêm à tona quando o natural aparece. Historicamente houve liberdade, mas ainda há uma escravidão velada à nossa estética.

O resgate potente da nossa ancestralidade carrega conhecimentos capazes de combater qualquer preconceito. Esse autoconhecimento nos mostra que parte da nossa história, de dor e de glória, é contada também pelos nossos cabelos. Eles possuem grande importância e significado na construção da nossa identidade.

“Assumir” os cabelos cacheados e crespos é um grito de liberdade que devemos dar através da nossa imagem. Alguns conseguem. Outros não. Há aqueles que tentam até por cinco vezes, como uma pessoa que atendi. Nesse caso a palavra de ordem é: acolhimento. Cada um possui seu próprio tempo.

Essa postura permite um relacionamento de confiança, como o que foi estabelecido entre mim e a corajosa mulher que terminou sua transição durante uma gravidez. Na consultoria ela podia compartilhar suas vitórias e fraquezas. O meu papel, como profissional, foi apoiá-la em sua decisão, independentemente de qual fosse.

Por fim, percebemos que até mesmo a transição capilar faz parte do processo da luta contra o racismo e a tese do branqueamento no Brasil. Não podemos permitir que a ideia retratada na obra ‘Redenção de Cam’, por exemplo,  seja fortalecida. O que precisamos enaltecer e valorizar é a beleza negra. Diferente da obra, o negro não deve se tornar branco e nem muito menos ser induzido a desejar isso através de meios sutis de imposição de padrões. Nossas raízes devem ser respeitadas! Cada vez mais precisamos fazer a nossa parte para enaltecer o belo que é sermos únicos e especiais apenas pelo fato de existirmos.

 

*CAROL BISPO é visagista, especialista em cabelos crespos e cacheados, acadêmica de Psicologia e idealizadora do método Cabelo do Dia Seguinte. Instagram: @carolbispovisagismo.

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