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Carol Marra fala sobre ‘Quanto Mais Vida’ e pede normalização do corpo trans

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Carol Marra fala sobre 'Quanto Mais Vida' e pede normalização do corpo trans

A atriz Carol Marra, 44, aproveitou a segunda-feira (28) de Carnaval para acompanhar o show de Luan Santana que acontece no Carnaval na Cidade, no Jockey Club de São Paulo. No ar atualmente em “Quando Mais Vida , Melhor!”, ela conversou com a reportagem durante o evento e celebrou a repercussão de sua personagem, além de pedir a normalização do corpo trans.


“Como nós gravamos a novela, durante quase um ano, seguindo todos os protocolos de segurança, e tivemos que esperar o lançamento, estou vendo o carinho das pessoas com a Alice”, disse Carol.

A atriz falou ainda sobre a participação da cantora trans Linn da Quebrada em um programa com a audiência do Big Brother Brasil 22 e destacou a importância de ver corpos trans na TV.

“Não sou uma pessoa que levanta bandeiras, mas a gente precisa normalizar os corpos trans. Principalmente nos grandes veículos e programas, como Big Brother e a participação da Linn da Quebrada. Tudo que acontece lá dentro repercute aqui fora, no café, no almoço com os amigos e família. Gera conversas necessárias.”

Carol tem trabalhado com determinação para se firmar cada vez mais na carreira dentro da atuação. Ela estreou como atriz na série “Psi” (2014), da HBO, indicada ao Emmy, quebrando paradigmas por ser a primeira mulher trans a protagonizar o primeiro beijo na TV.

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CABELOS AFRO: DORES E LIBERTAÇÃO

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CAROL BISPO é visagista_ especialista em cabelos crespos e cacheados_ acadêmica de Psicologia e idealizadora do método Cabelo do Dia Seguinte

Mais de 100 anos após a abolição e ainda existem pessoas negras vítimas de todo tipo de preconceito e discriminação. Na área da beleza, infelizmente, o “padrão branco” continua sendo considerado a única referência de belo existente. É comum encontrar pessoas escondendo seus cabelos crespos/cacheados por vergonha ou rejeição deles. Inegavelmente são dores silenciadas ao longo dos anos, mas presentes até os dias atuais. É nesse sentido que o resgate da autoestima e ancestralidade, que perpassam a decisão de assumir os cabelos naturais, representam também um processo de libertação.

Como estudante de Psicologia e visagista especialista em cabelos naturais, entendo que a transição capilar simboliza a cura das feridas causadas pela opressão e o racismo. Transicionar é escancarar o bullying da infância, os comentários negativos… Tocar nesse cabelo, falar dele, pode revelar as dores camufladas e as vezes até esquecidas, mas que vêm à tona quando o natural aparece. Historicamente houve liberdade, mas ainda há uma escravidão velada à nossa estética.

O resgate potente da nossa ancestralidade carrega conhecimentos capazes de combater qualquer preconceito. Esse autoconhecimento nos mostra que parte da nossa história, de dor e de glória, é contada também pelos nossos cabelos. Eles possuem grande importância e significado na construção da nossa identidade.

“Assumir” os cabelos cacheados e crespos é um grito de liberdade que devemos dar através da nossa imagem. Alguns conseguem. Outros não. Há aqueles que tentam até por cinco vezes, como uma pessoa que atendi. Nesse caso a palavra de ordem é: acolhimento. Cada um possui seu próprio tempo.

Essa postura permite um relacionamento de confiança, como o que foi estabelecido entre mim e a corajosa mulher que terminou sua transição durante uma gravidez. Na consultoria ela podia compartilhar suas vitórias e fraquezas. O meu papel, como profissional, foi apoiá-la em sua decisão, independentemente de qual fosse.

Por fim, percebemos que até mesmo a transição capilar faz parte do processo da luta contra o racismo e a tese do branqueamento no Brasil. Não podemos permitir que a ideia retratada na obra ‘Redenção de Cam’, por exemplo,  seja fortalecida. O que precisamos enaltecer e valorizar é a beleza negra. Diferente da obra, o negro não deve se tornar branco e nem muito menos ser induzido a desejar isso através de meios sutis de imposição de padrões. Nossas raízes devem ser respeitadas! Cada vez mais precisamos fazer a nossa parte para enaltecer o belo que é sermos únicos e especiais apenas pelo fato de existirmos.

 

*CAROL BISPO é visagista, especialista em cabelos crespos e cacheados, acadêmica de Psicologia e idealizadora do método Cabelo do Dia Seguinte. Instagram: @carolbispovisagismo.

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