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Laura Pausini revisita passado em single e diz que ele a salvou no pandemia

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Laura Pausini revisita passado em single e diz que ele a salvou no pandemia

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Laura Pausini, 47, tem um encontro entre a menina do passado e a cantora do presente no single “Scatola”, que será disponibilizado sexta nas plataformas digitais. A música fará parte da trilha sonora do filme “Laura Pausini – Piacere di Conoscerti”, original Amazon Prime, que ainda não tem data de estreia no Brasil.


Antes do lançamento nas plataformas digitais, os fãs da cantora em várias partes do mundo puderam assistir, nesta terça-feira (18), a projeção simultânea de um vídeo 3D dela cantando a nova canção pela primeira vez. Ele foi visto em um painel na Times Square (EUA), em vários caminhões com telões na Cidade do México, na Torre Eifel (Paris) e na Itália –na Corso Garibaldi (Milão) e Piazza Navona (Roma). No Brasil, aconteceu no Shopping Asa Norte Boulevard (Brasília).

Laura afirma que queria apresentar a nova música ao vivo, mas o aumento de casos de Covid com a variante ômicron não permitiu que fizesse aglomeração com seus fãs. “Eu e minha equipe encontramos uma maneira mais emocionante possível de encontrar as pessoas, meu público, meus fãs e apresentar a nova música dessa maneira.”

A canção é tão especial para Laura que ela lembra precisamente o dia e horário que recebeu a letra escrita pela cantora e compositora italiana Madame: 10 de março de 2021, às 12h41. Segundo Laura, a compositora se inspirou em uma foto que ela postou no Instagram em que estava com os companheiros da escola.

Laura afirma que depois de alguns ajustes a música se tornou perfeita para seu “retorno” após dois anos de pandemia de Covid. “Quando eu escutei essa música era um diálogo entre a Laura de hoje e a do passado. Eu gosto de poder dizer para aquela garotinha que eu não a esqueci, que mesmo que o destino tenha me levado para longe, mesmo hoje e todos os dias, acredito que somos a mesma coisa.”

Na tradução para o português, o título da música quer dizer caixa, mas Laura afirma que não está cantando sobre um objeto material. Para ela, a caixa representa pensamentos, memórias e sentimentos que ela pôde revisitar e se emocionar durante este período de isolamento social imposto pela pandemia.

“Durante esses dois anos de pandemia tivemos todos a possibilidade de passar muito tempo com nós mesmos. Eu através das minhas memórias encontrei muitas coisas iguais da Laura adolescente e a de hoje. Mesmo que muitas coisas tenham mudado.”

“Scatola” também faz parte da trilha musical do filme “Laura Pausini – Piacere Di Conoscerti”, roteiro escrito pela cantora Monica Rametta e com Ivan Cotroneo, que também dirige o longa. Ele estará disponível na Amazon Prime Vídeo em 240 países em 2022. “Essa música é a fotografia exata do filme, que ainda não foi confirmado em português.”

A artista diz que decidiu fazer o filme para contar sua história de vida que as pessoas não conhecem e as escolhas que fazem ela ser quem é hoje. “Também é uma maneira de contar para a filha Paola a minha história tão louca, inesperada, esgotante e, sobretudo, única.”

Apesar da revisita ao passado, Laura vive um momento especial. Ganhou o Globo de Ouro, no ano passado, e foi nomeada ao Oscar 2021 de Melhor Canção Original com “Io Sí”. A música faz parte da trilha sonora do longa “Rosa e Momo” (Netflix), estrelado pela atriz italiana Sophia Loren, e dirigido pelo filho dela Edoardo Ponti. A canção é uma colaboração de Laura com Diane Warren e Niccolò Agliardi.

A cantora diz que, nesse momento em que o mundo parou, experimentou emoções que não consegue esquecer e isso trouxe novos pensamentos que traduziu em músicas. “Daqui nasceu ‘Scatola’, porque eu vivi uma situação muito confusa, mas a grande felicidade pelo Globo de Ouro e também a indicação ao Oscar.”

Para Laura, revisitar suas memórias também foi importante neste período em que estava passando pelas mesmas dificuldades emocionais das pessoas que conhecia devido ao confinamento imposto pela pandemia. “Eu tratei de contar com os meus pensamentos, com as minhas memórias para encontrar força para não me sentir morta por dentro.”

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CABELOS AFRO: DORES E LIBERTAÇÃO

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CAROL BISPO é visagista_ especialista em cabelos crespos e cacheados_ acadêmica de Psicologia e idealizadora do método Cabelo do Dia Seguinte

Mais de 100 anos após a abolição e ainda existem pessoas negras vítimas de todo tipo de preconceito e discriminação. Na área da beleza, infelizmente, o “padrão branco” continua sendo considerado a única referência de belo existente. É comum encontrar pessoas escondendo seus cabelos crespos/cacheados por vergonha ou rejeição deles. Inegavelmente são dores silenciadas ao longo dos anos, mas presentes até os dias atuais. É nesse sentido que o resgate da autoestima e ancestralidade, que perpassam a decisão de assumir os cabelos naturais, representam também um processo de libertação.

Como estudante de Psicologia e visagista especialista em cabelos naturais, entendo que a transição capilar simboliza a cura das feridas causadas pela opressão e o racismo. Transicionar é escancarar o bullying da infância, os comentários negativos… Tocar nesse cabelo, falar dele, pode revelar as dores camufladas e as vezes até esquecidas, mas que vêm à tona quando o natural aparece. Historicamente houve liberdade, mas ainda há uma escravidão velada à nossa estética.

O resgate potente da nossa ancestralidade carrega conhecimentos capazes de combater qualquer preconceito. Esse autoconhecimento nos mostra que parte da nossa história, de dor e de glória, é contada também pelos nossos cabelos. Eles possuem grande importância e significado na construção da nossa identidade.

“Assumir” os cabelos cacheados e crespos é um grito de liberdade que devemos dar através da nossa imagem. Alguns conseguem. Outros não. Há aqueles que tentam até por cinco vezes, como uma pessoa que atendi. Nesse caso a palavra de ordem é: acolhimento. Cada um possui seu próprio tempo.

Essa postura permite um relacionamento de confiança, como o que foi estabelecido entre mim e a corajosa mulher que terminou sua transição durante uma gravidez. Na consultoria ela podia compartilhar suas vitórias e fraquezas. O meu papel, como profissional, foi apoiá-la em sua decisão, independentemente de qual fosse.

Por fim, percebemos que até mesmo a transição capilar faz parte do processo da luta contra o racismo e a tese do branqueamento no Brasil. Não podemos permitir que a ideia retratada na obra ‘Redenção de Cam’, por exemplo,  seja fortalecida. O que precisamos enaltecer e valorizar é a beleza negra. Diferente da obra, o negro não deve se tornar branco e nem muito menos ser induzido a desejar isso através de meios sutis de imposição de padrões. Nossas raízes devem ser respeitadas! Cada vez mais precisamos fazer a nossa parte para enaltecer o belo que é sermos únicos e especiais apenas pelo fato de existirmos.

 

*CAROL BISPO é visagista, especialista em cabelos crespos e cacheados, acadêmica de Psicologia e idealizadora do método Cabelo do Dia Seguinte. Instagram: @carolbispovisagismo.

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