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Lima Duarte manda recado para Regina Duarte: ‘Não pode acabar assim’

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Lima Duarte manda recado para Regina Duarte: 'Não pode acabar assim'

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Lima Duarte, 91, usou as redes sociais para mandar um recado à colega Regina Duarte, 74. Entre 1985 e 1986, os dois fizeram muito sucesso ao contracenar na novela “Roque Santeiro”, na qual deram vida ao par Senhozinho Malta e viúva Porcina.


“Regina Duarte, minha querida viúva Porcina”, escreveu. “Trabalhamos por tanto tempo juntos e vivemos momentos tão gloriosos. São dessas lembranças boas que eu quero me recordar de você!”

Ele ainda publicou um vídeo no qual relembrou uma polêmica recente envolvendo a atriz. Ela divulgou uma montagem do presidente Jair Bolsonaro (PL) de mãos dadas com uma imagem de Jesus Cristo e afirmou que não era falsa, mas real.

“Deus, tira a mão daí, meu pai”, diz Lima Duarte no começo do vídeo. “Tira a mão daí. Tanta sujeira na mão.”

Depois, ele passa a se dirigir diretamente à colega. “Regina Duarte, minha querida viúva Porcina, ‘estou certo ou estou errado?’”, brincou, com uma referência a bordão de Senhorzinho Malta.

“Viúva Porcina, já disse muitas coisas a seu respeito”, prosseguiu. “Trabalhamos 10 anos juntos. Foste a paixão de Sinhozinho Malta, vivemos momentos tão gloriosos para a televisão, para a interpretação, para as nossas vidas. Não pode acabar assim, Regina! Capricha! Capricha pra não acabar assim!”

A publicação ganhou o apoio de diversos famosos, como Bruno Gagliasso, Hugo Bonemer, Ana Paula Renault e Sergio Marone, entre outros. Entre os anônimos, houve quem curtisse e quem achasse a mensagem “desnecessária”.

A atriz deixou a Globo em fevereiro de 2020 para assumir o cargo de Secretaria Especial da Cultura do atual presidente Jair Bolsonaro. Ela estava na emissora desde 1969, quando atuou no folhetim “Véu de Noiva”.

Regina permaneceu no novo cargo, criado especialmente para ela, menos de três meses. Em maio, o presidente anunciou que ela deixaria a Secretária para fazer parte da gestão da Cinemateca Brasileira, em São Paulo. Ela nunca chegou a assumir cargo nenhum na instituição.

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CABELOS AFRO: DORES E LIBERTAÇÃO

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CAROL BISPO é visagista_ especialista em cabelos crespos e cacheados_ acadêmica de Psicologia e idealizadora do método Cabelo do Dia Seguinte

Mais de 100 anos após a abolição e ainda existem pessoas negras vítimas de todo tipo de preconceito e discriminação. Na área da beleza, infelizmente, o “padrão branco” continua sendo considerado a única referência de belo existente. É comum encontrar pessoas escondendo seus cabelos crespos/cacheados por vergonha ou rejeição deles. Inegavelmente são dores silenciadas ao longo dos anos, mas presentes até os dias atuais. É nesse sentido que o resgate da autoestima e ancestralidade, que perpassam a decisão de assumir os cabelos naturais, representam também um processo de libertação.

Como estudante de Psicologia e visagista especialista em cabelos naturais, entendo que a transição capilar simboliza a cura das feridas causadas pela opressão e o racismo. Transicionar é escancarar o bullying da infância, os comentários negativos… Tocar nesse cabelo, falar dele, pode revelar as dores camufladas e as vezes até esquecidas, mas que vêm à tona quando o natural aparece. Historicamente houve liberdade, mas ainda há uma escravidão velada à nossa estética.

O resgate potente da nossa ancestralidade carrega conhecimentos capazes de combater qualquer preconceito. Esse autoconhecimento nos mostra que parte da nossa história, de dor e de glória, é contada também pelos nossos cabelos. Eles possuem grande importância e significado na construção da nossa identidade.

“Assumir” os cabelos cacheados e crespos é um grito de liberdade que devemos dar através da nossa imagem. Alguns conseguem. Outros não. Há aqueles que tentam até por cinco vezes, como uma pessoa que atendi. Nesse caso a palavra de ordem é: acolhimento. Cada um possui seu próprio tempo.

Essa postura permite um relacionamento de confiança, como o que foi estabelecido entre mim e a corajosa mulher que terminou sua transição durante uma gravidez. Na consultoria ela podia compartilhar suas vitórias e fraquezas. O meu papel, como profissional, foi apoiá-la em sua decisão, independentemente de qual fosse.

Por fim, percebemos que até mesmo a transição capilar faz parte do processo da luta contra o racismo e a tese do branqueamento no Brasil. Não podemos permitir que a ideia retratada na obra ‘Redenção de Cam’, por exemplo,  seja fortalecida. O que precisamos enaltecer e valorizar é a beleza negra. Diferente da obra, o negro não deve se tornar branco e nem muito menos ser induzido a desejar isso através de meios sutis de imposição de padrões. Nossas raízes devem ser respeitadas! Cada vez mais precisamos fazer a nossa parte para enaltecer o belo que é sermos únicos e especiais apenas pelo fato de existirmos.

 

*CAROL BISPO é visagista, especialista em cabelos crespos e cacheados, acadêmica de Psicologia e idealizadora do método Cabelo do Dia Seguinte. Instagram: @carolbispovisagismo.

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