Pesquisar
Close this search box.

AGRONEGÓCIO

Exportações do agronegócio sobem 6,2% em setembro e registram recordes em carnes e milho, aponta Itaú BBA

Publicado em

As exportações do agronegócio brasileiro alcançaram US$ 14,95 bilhões em setembro de 2025, segundo dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) e analisados pela Consultoria Agro do Itaú BBA. O valor representa alta de 5% em relação a agosto e um avanço de 6,2% frente ao mesmo mês de 2024, consolidando um cenário de recuperação nas vendas externas do setor.

Soja impulsiona o complexo agrícola

O complexo soja manteve protagonismo nas exportações. O Brasil embarcou 7,3 milhões de toneladas de grãos, crescimento de 20% na comparação anual, com preços estáveis em US$ 423,1 por tonelada. A China absorveu 92% do total exportado.

No caso do farelo de soja, houve aumento de 19% nos embarques, somando 2,1 milhões de toneladas, mas com queda de 23% nos preços médios, para US$ 315,7/t. Já o óleo de soja registrou retração de 27% nos volumes, com 64 mil toneladas exportadas, enquanto o preço médio subiu 20%, atingindo US$ 1.149,6/t.

Recorde histórico nas carnes

O destaque do mês foi o desempenho das carnes, especialmente a bovina in natura, que alcançou 315 mil toneladas, o maior volume mensal da história, segundo o Itaú BBA. O aumento foi de 25% na comparação anual, com preços 24% superiores, chegando a US$ 5.617/t.

A carne de frango in natura também apresentou crescimento, com 415 mil toneladas exportadas, alta de 20% sobre agosto. O preço médio, porém, teve queda anual de 6,5%, ficando em US$ 1.828/t.

Advertisement

Já a carne suína registrou recorde mensal de 134 mil toneladas, avanço de 25% frente a setembro de 2024, com preço médio de US$ 2.581,6/t.

Leia Também:  AP Castrolanda: nova marca fortalece Agricultura de Precisão e inovação tecnológica para cooperados
Açúcar e etanol seguem caminhos opostos

No setor sucroenergético, o comportamento foi misto. As exportações de etanol cresceram 61%, totalizando 265 mil m³, apesar da queda de 3,5% nos preços, que ficaram em US$ 534,6/m³.

Por outro lado, as vendas de açúcar VHP caíram 16%, para 2,9 milhões de toneladas, com preços 13% menores (US$ 395,1/t). O açúcar refinado também recuou 23%, com preço médio de US$ 474/t, redução de 7,6% em relação ao ano anterior.

Milho e algodão em alta

As exportações de milho totalizaram 7,6 milhões de toneladas, alta de 18% sobre setembro de 2024, com preços médios 5% maiores, em US$ 201,1/t.

O algodão também registrou avanço de 6% no volume exportado, atingindo 179 mil toneladas, mesmo com queda de 9% nos preços médios.

Advertisement
Impacto das tarifas dos Estados Unidos

As exportações brasileiras para os Estados Unidos somaram US$ 2,6 bilhões em setembro, queda de 20% em relação ao mesmo mês de 2024 e 9% abaixo de agosto de 2025.

Os produtos do agronegócio representaram 26% desse total (US$ 672 milhões), com retração de 40% na receita anual e 12% frente ao mês anterior.

Leia Também:  Bioinsumos impulsionam ciência, inovação e sustentabilidade no agro brasileiro, aponta 2º Fórum Bioinsumos no Agro

Os itens mais afetados foram os florestais (madeira e papel), o café verde e torrado, a carne bovina e o açúcar.

Café brasileiro sofre com tarifas e inflação nos EUA

Entre os produtos mais atingidos pelo tarifaço americano, o café brasileiro lidera as perdas. O volume exportado caiu 47%, enquanto a receita recuou 31,5%, somando US$ 113,8 milhões.

Nos Estados Unidos, os preços do café subiram 3,6% em agosto, o maior aumento mensal em 14 anos, acumulando alta de 20,9% em 12 meses, segundo o Escritório de Estatísticas do Trabalho americano.

Advertisement

Durante uma videoconferência entre os presidentes Donald Trump e Luiz Inácio Lula da Silva, o tema foi discutido, com Trump reconhecendo que os consumidores americanos “sentem falta do café brasileiro”.

Desempenho acumulado em 2025

De janeiro a setembro de 2025, as exportações do agronegócio mantêm desempenho positivo em segmentos-chave. O complexo soja cresceu 5% em volume, enquanto o complexo de proteínas apresentou alta média de 16% nas carnes bovinas e 14% nas suínas.

A celulose avançou 15%, e o fumo, 19%. Em contrapartida, produtos como açúcar, suco de laranja e trigo registraram retrações significativas no acumulado do ano.

Fonte: Portal do Agronegócio

Advertisement

Fonte: Portal do Agronegócio

COMENTE ABAIXO:

AGRONEGÓCIO

BNDES aprova R$ 1,6 bilhão em tempo recorde para empresas ampliarem exportações e buscarem novos mercados

Published

on

BNDES acelera liberações e apoia empresas afetadas por tarifas dos EUA

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou, em tempo recorde, R$ 1,6 bilhão em crédito para empresas brasileiras ampliarem sua presença internacional e reduzirem os impactos do tarifaço imposto pelos Estados Unidos.

Os financiamentos fazem parte do Plano Brasil Soberano, e tiveram um tempo médio de análise e aprovação de apenas 18 dias, bem abaixo dos 60 dias tradicionais da instituição.

Segundo o banco, a agilidade faz parte do esforço para garantir competitividade às exportações nacionais e fortalecer a presença do Brasil em novos mercados globais.

Café, açúcar e equipamentos elétricos lideram aprovações

Ao todo, foram 47 operações aprovadas na linha Giro Diversificação, destinada a apoiar empresas na busca de novos destinos comerciais.

Entre os destaques estão:

Advertisement
  • Setor de café: R$ 108,9 milhões;
  • Açúcar: R$ 220 milhões;
  • Equipamentos elétricos: R$ 191,1 milhões;
  • Outros alimentos: R$ 249,7 milhões;
  • Utensílios domésticos e industriais: R$ 79,5 milhões.

Os financiamentos buscam impulsionar as exportações brasileiras em meio a um cenário de maior competição internacional, contribuindo para a diversificação da pauta exportadora e o fortalecimento da indústria nacional.

Leia Também:  Paralisação nos EUA deixa mercado de soja ‘no escuro’ e exige cautela do produtor brasileiro
Novos destinos e expansão global das exportações brasileiras

Os recursos aprovados vão beneficiar empresas que pretendem expandir suas operações para novos mercados, incluindo Suíça, Reino Unido, Canadá, França, Argentina, Bolívia, Equador, Chile, Paraguai, República Dominicana e Uruguai.

Essa diversificação de destinos representa um passo estratégico para reduzir a dependência de mercados tradicionais e ampliar as oportunidades comerciais do Brasil.

Mais R$ 2 bilhões em análise no BNDES

De acordo com o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, o desempenho reflete o comprometimento dos técnicos do banco em atender às diretrizes do governo federal e garantir apoio rápido às empresas brasileiras.

“A agilidade na aprovação de projetos para que as empresas busquem novos mercados é resultado do empenho dos empregados do BNDES em atender ao chamado do presidente Lula de não deixar nenhuma empresa para trás. E o trabalho não para. Outras 66 operações, na mesma linha, estão em análise no Banco, somando mais R$ 2 bilhões em projetos”, afirmou Mercadante.

As novas propostas seguem em avaliação e devem ampliar o alcance do programa nos próximos meses, reforçando o papel do BNDES como agente de fomento ao comércio exterior e à reindustrialização nacional.

Advertisement

Fonte: Portal do Agronegócio

Leia Também:  Monitoramento é tão importante quanto água na irrigação agrícola

Fonte: Portal do Agronegócio

COMENTE ABAIXO:
Advertisement
Continuar lendo

GRANDE CUIABÁ

MATO GROSSO

POLÍCIA

ENTRETENIMENTO

ESPORTES

MAIS LIDAS DA SEMANA