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AGRONEGÓCIO

M&A no agronegócio brasileiro dispara com US$ 76 bilhões globais e destaque para Agtech

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Fusões e aquisições no agro ganham força global

O mercado de Fusões e Aquisições (M&A) no setor agropecuário atingiu US$ 76 bilhões em transações globais em 2024, com 977 operações registradas em todo o mundo, segundo a GlobalData. O crescimento reflete a busca por consolidação, verticalização e inovação tecnológica em um setor que mantém produção constante e forte demanda internacional.

Dados da Capstone Partners indicam que o rendimento bruto da agricultura mundial deve alcançar US$ 4,8 trilhões em 2025, com os Estados Unidos respondendo por US$ 587 bilhões desse total.

Cenário brasileiro impulsiona investimentos estratégicos

No Brasil, o agro continua sendo uma âncora econômica e atrai capital nacional e estrangeiro. Entre janeiro e maio de 2025, foram registradas 596 operações de M&A, alta de 15% em relação ao mesmo período de 2024, segundo a PwC Brasil.

O segmento agropecuário, especificamente, registrou 12 transações em 2024, o melhor desempenho dos últimos cinco anos, com crescimento de 140% em relação a 2023, de acordo com a KPMG. No primeiro semestre de 2025, foram cinco operações, queda de 28,6% frente ao mesmo período de 2024, evidenciando a sensibilidade do mercado a fatores conjunturais.

Setor de fertilizantes e grandes negócios em destaque

O segmento de fertilizantes liderou as operações em 2024, com nove transações, sendo cinco nacionais, três envolvendo estrangeiros adquirindo empresas brasileiras, três de brasileiros comprando ativos internacionais e uma entre dois grupos estrangeiros.

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Entre os negócios mais relevantes, destacam-se:

  • JBS adquiriu 50% da Mantiqueira Brasil, produtora de ovos, em operação avaliada em R$ 1,9 bilhão (janeiro de 2025).
  • Grupo Safras, especializado em grãos e etanol, passou a ser controlado por um fundo da AM Agro (julho de 2025).
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Segundo Ronaldo Rodrigues, senior associate da Zaxo Group, o agro brasileiro oferece valores atrativos e retornos robustos a médio e longo prazo, mesmo em períodos de instabilidade econômica.

Agtech entra no top 10 de investimentos na América Latina

Em 2024, o setor de Agtech entrou pela primeira vez no ranking das dez principais verticais de tecnologia da América Latina, ocupando a oitava posição. Segundo a LAVCA, foram US$ 119 milhões investidos, com 37 rodadas de aporte, representando 2,6% do total de recursos na região.

O crescimento reflete o interesse por tecnologias como:

  • Agricultura de precisão
  • Internet das Coisas (IoT) no campo
  • Inteligência artificial para manejo de safras
  • Automação de processos

O destaque de Agtech demonstra o papel do agronegócio como motor econômico e vetor de inovação, alinhando produtividade, sustentabilidade e eficiência, fatores que atraem investidores estratégicos.

Estratégias de M&A aproveitam períodos de instabilidade

A análise da Zaxo Group, baseada em estudo de Rodrigues, mostra que a volatilidade macroeconômica pode ser transformada em vantagem estratégica:

  • Em momentos de instabilidade, o valor médio das aquisições cai 6,7%.
  • Ativos com alto potencial de crescimento perdem menos de 1% de valor, criando oportunidades competitivas.
  • Cada 1% adicional em growth options pode aumentar o valor do negócio em até 16%, chegando a 19% em mercados altamente competitivos.
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Jefferson Nesello, sócio-fundador da Zaxo, compara o ciclo de M&A ao da agricultura: “Assim como no campo, há momentos de plantar e colher. A instabilidade econômica pode preparar o solo para aquisições estratégicas e colheitas mais ricas no futuro.”

Leonardo Grisotto, também sócio-fundador, reforça que ativos de alto potencial no agro se valorizam mesmo em cenários adversos, criando ambiente ideal para negociações inteligentes e planejamento estratégico de longo prazo.

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Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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AGRONEGÓCIO

BNDES aprova R$ 1,6 bilhão em tempo recorde para empresas ampliarem exportações e buscarem novos mercados

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BNDES acelera liberações e apoia empresas afetadas por tarifas dos EUA

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou, em tempo recorde, R$ 1,6 bilhão em crédito para empresas brasileiras ampliarem sua presença internacional e reduzirem os impactos do tarifaço imposto pelos Estados Unidos.

Os financiamentos fazem parte do Plano Brasil Soberano, e tiveram um tempo médio de análise e aprovação de apenas 18 dias, bem abaixo dos 60 dias tradicionais da instituição.

Segundo o banco, a agilidade faz parte do esforço para garantir competitividade às exportações nacionais e fortalecer a presença do Brasil em novos mercados globais.

Café, açúcar e equipamentos elétricos lideram aprovações

Ao todo, foram 47 operações aprovadas na linha Giro Diversificação, destinada a apoiar empresas na busca de novos destinos comerciais.

Entre os destaques estão:

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  • Setor de café: R$ 108,9 milhões;
  • Açúcar: R$ 220 milhões;
  • Equipamentos elétricos: R$ 191,1 milhões;
  • Outros alimentos: R$ 249,7 milhões;
  • Utensílios domésticos e industriais: R$ 79,5 milhões.

Os financiamentos buscam impulsionar as exportações brasileiras em meio a um cenário de maior competição internacional, contribuindo para a diversificação da pauta exportadora e o fortalecimento da indústria nacional.

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Novos destinos e expansão global das exportações brasileiras

Os recursos aprovados vão beneficiar empresas que pretendem expandir suas operações para novos mercados, incluindo Suíça, Reino Unido, Canadá, França, Argentina, Bolívia, Equador, Chile, Paraguai, República Dominicana e Uruguai.

Essa diversificação de destinos representa um passo estratégico para reduzir a dependência de mercados tradicionais e ampliar as oportunidades comerciais do Brasil.

Mais R$ 2 bilhões em análise no BNDES

De acordo com o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, o desempenho reflete o comprometimento dos técnicos do banco em atender às diretrizes do governo federal e garantir apoio rápido às empresas brasileiras.

“A agilidade na aprovação de projetos para que as empresas busquem novos mercados é resultado do empenho dos empregados do BNDES em atender ao chamado do presidente Lula de não deixar nenhuma empresa para trás. E o trabalho não para. Outras 66 operações, na mesma linha, estão em análise no Banco, somando mais R$ 2 bilhões em projetos”, afirmou Mercadante.

As novas propostas seguem em avaliação e devem ampliar o alcance do programa nos próximos meses, reforçando o papel do BNDES como agente de fomento ao comércio exterior e à reindustrialização nacional.

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Fonte: Portal do Agronegócio

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Fonte: Portal do Agronegócio

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