AGRONEGÓCIO
Supremo suspende parte da Constituição que definia a criação de novas áreas de conservação

O Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu trechos da Constituição de Mato Grosso que impunham condições adicionais para a criação de novas unidades de conservação ambiental no Estado. A decisão, em caráter cautelar, foi assinada pelo ministro Alexandre de Moraes e atendeu a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), que questionou a constitucionalidade das normas por meio da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 7.842.
Os dispositivos suspensos exigiam que, para a criação de áreas de proteção em terras privadas, fossem cumpridos dois pré-requisitos: a regularização de pelo menos 80% das unidades de conservação já existentes no Estado e a garantia de disponibilidade orçamentária para indenizar integralmente os proprietários afetados.
Para a PGR, as condições estabelecidas pela Assembleia Legislativa de Mato Grosso representavam um entrave ao cumprimento das normas federais de proteção ambiental. Segundo a instituição, a legislação estadual não apenas divergia das regras nacionais, como também dificultava a expansão de áreas protegidas.
Na decisão, Moraes afirmou que havia “evidente obstáculo à proteção ambiental de novos espaços” e destacou que os dispositivos estaduais criaram um “regramento diverso do editado pela União”, ultrapassando a competência suplementar dos estados.
A medida cautelar permanecerá em vigor até julgamento definitivo pelo plenário do STF. O relator concedeu prazo de 15 dias para que a própria PGR e a Advocacia-Geral da União (AGU) se manifestem sobre o mérito da ação.
A decisão ocorre em meio a uma disputa política no Estado, onde a chamada “PEC das Unidades de Conservação”, aprovada em dezembro de 2024 pela Assembleia Legislativa, vinha sendo alvo de críticas de entidades ambientais, que a consideravam um retrocesso. Produtores rurais, por outro lado, defendiam as regras como forma de assegurar previsibilidade e garantias de indenização.
O tema reacende o debate sobre o equilíbrio entre preservação ambiental e atividade econômica no Mato Grosso, estado que concentra uma das maiores áreas de expansão agropecuária do país.
Fonte: Pensar Agro

AGRONEGÓCIO
Brasil é destaque em Conferência Internacional sobre Agricultura de Baixo Carbono na Tailândia

O Brasil foi um dos coorganizadores da 2ª Conferência Anual sobre Combate às Queimadas Agrícolas no Sudeste Asiático e Soluções para a Utilização de Biomassa, realizada dia 23 em Bangkok, na Tailândia. O encontro, promovido por adidos agrícolas das Embaixadas do Brasil, Dinamarca, Alemanha e Países Baixos, em parceria com a DLG Asia e com apoio de organismos internacionais, reuniu representantes de governos, empresas, centros de pesquisa e organizações multilaterais de 20 países.
A participação brasileira teve papel central na programação. A adida agrícola em Bangkok, Ana Carolina Lamy, coordenou o painel “Mecanização e Inovação”, que contou com seis especialistas. O pesquisador da Embrapa, Vinicius Bof Bufon, apresentou resultados sobre colheita sustentável de cana-de-açúcar e manejo de resíduos. Lucas Palhares, da Braskem, detalhou iniciativas de parceria com a indústria e o campo para o desenvolvimento de cadeias baseadas em matérias-primas de origem renovável.
As discussões apontaram que a agricultura inteligente para o clima (CSA) é caminho para reduzir queimadas, ampliar a mecanização e fortalecer a resiliência e a renda dos produtores. Ficou evidenciado que a mecanização avança quando integrada à modernização dos sistemas produtivos e a modelos de financiamento adequados, especialmente para pequenos agricultores.
Como encaminhamento, os participantes definiram um roteiro de trabalho voltado ao fortalecimento das cadeias de valor de resíduos agrícolas, à criação de demanda para biomassa e à conexão dos produtores com mercados mais rentáveis. Essas diretrizes buscam orientar governos e setor privado na adoção de soluções técnicas e de mercado.
Com atuação coordenada, o Brasil aprimora o compromisso de compartilhar conhecimento, promover inovação e contribuir para sistemas alimentares de baixas emissões, com benefícios para produtores e consumidores na Ásia e em outras regiões.
Informação à imprensa
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