Turismo
Do campo à experiência do viajante: Ministério do Turismo fortalece o turismo rural com novo cadastro para produtores

O cheiro da terra molhada, o sabor de uma fruta colhida no pé e o compartilhamento de saberes que atravessam gerações. O turismo rural é, antes de tudo, uma porta de entrada para a alma do Brasil, uma experiência que conecta o viajante à cultura e à rotina do campo. Mais do que uma simples visita, é uma imersão em um modo de vida autêntico, que valoriza a produção local e a hospitalidade de quem vive e trabalha na terra.
Este segmento, que cresce em todo o mundo, representa uma poderosa ferramenta de desenvolvimento. Para o agricultor familiar e o produtor rural, o turismo surge como uma oportunidade de diversificar a renda, agregar valor à sua produção e criar novas fontes de emprego. Ao abrir as portas de suas propriedades, eles não apenas vendem um produto, mas oferecem uma experiência, transformando a rotina da fazenda em um atrativo turístico que gera benefícios para toda a comunidade.
Historicamente, muitos desses pequenos empreendedores enfrentavam um desafio: a informalidade. O receio de que a oferta de serviços turísticos pudesse descaracterizar sua atividade principal, levando à perda de benefícios essenciais como o acesso ao PRONAF e direitos previdenciários, criava uma barreira para a formalização e o crescimento.
Pensando nisso, o Ministério do Turismo publicou uma Portaria que estabelece as condições para o cadastramento de Produtores Rurais e Agricultores Familiares como pessoas físicas no Cadastur. A medida garante a segurança jurídica necessária para que eles possam oferecer serviços turísticos sem perder sua condição de trabalhadores do campo, facilitando o acesso a políticas de apoio, crédito e promoção do Ministério.
Na Amazônia, o legado do bacuri que virou rota turística – No Pará, a empresária Hortência Osaqui transformou o legado de seu pai, um economista que nos anos 70 iniciou um projeto de manejo sustentável do bacuri, uma fruta da região amazônica, em um negócio próspero que une bioeconomia e turismo. Ao assumir a fazenda da família em 2009, ela entendeu que a chave para a sustentabilidade econômica estava em agregar valor à fruta. “O turismo, dentro do nosso projeto de desenvolvimento, era um pilar”, conta Hortência.
A estratégia foi abrir as portas da propriedade para que os visitantes pudessem conhecer todo o processo, da floresta à produção de geleias e licores premiados, e, claro, levar esses sabores para casa.
O principal público é formado por pessoas que querem ser “protagonistas” e conhecer a história de uma pequena propriedade familiar na Amazônia que possui selos orgânicos e trabalha com produtos da biodiversidade local. Eles buscam entender como uma família consegue viver de forma sustentável na região da Amazônia Atlântica.
A visão de Hortência foi além dos limites de sua fazenda. Ao perceber que o entorno também era rico em potencial, mas carecia de organização, ela convidou outros produtores a se unirem. “A Fazenda começa a repensar e convida alguns parceiros para se fazer uma rota turística, onde eu pudesse repassar o conhecimento”, explica. Assim nasceu a Rota Amazônia Atlântica, o primeiro roteiro de turismo rural da Amazônia validado pelo Ministério do Turismo.
A busca pela formalização veio da percepção de que, para o negócio se desenvolver e acessar políticas públicas de nível nacional, era necessário passar por um processo de regulamentação. Como a propriedade já era pioneira na região, o turismo precisava seguir o mesmo caminho de vanguarda, com um processo estruturado e organizado.
Para Hortência, a nova portaria do Cadastur, que permite o cadastro de pessoas físicas, é essencial para que mais produtores sigam esse caminho. “É importante que o produtor rural, como pessoa física, possa acessar esse processo de mercado e os serviços de turismo. Porque o turismo é coletivo, ele é transversal. É preciso que a informação chegue na base”, diz.
“Acredito muito que esses benefícios [da formalização] possam contribuir principalmente para ter maior visibilidade, participar de eventos e também ter esse entendimento de que, para estar no mercado, você precisa estar regulamentado oficialmente”, conclui.
Em São Paulo, a “Palmitoterapia” que salva a mata atlântica – No coração da Mata Atlântica, em Iporanga (SP), Gabriela Rodrigues criou a Palmitolândia, um empreendimento que nasceu com a missão de proteger a palmeira Juçara, nativa da região e ameaçada de extinção. A solução de seu pai, José Osmar, foi plantar o palmito Pupunha, uma alternativa sustentável que permite a colheita sem derrubar a árvore. Mas foi a criatividade que transformou a fazenda em um destino turístico único. A partir de receitas de família, Gabi e sua mãe, Ana Maria, passaram a criar pratos inovadores como brigadeiro, cerveja e nhoque de palmito, aproveitando 70% da palmeira que colhem.
O público é variado, incluindo ecoturistas que visitam as cavernas da região, famílias amantes da natureza, veganos, celíacos e apaixonados por palmito. Curiosamente, até pessoas que não gostam de palmito visitam o local, atraídas por produtos inusitados como a cerveja ou o brigadeiro de palmito. Esses visitantes buscam uma experiência única e imersiva no coração da Mata Atlântica, e saem com uma nova percepção sobre o palmito, a agricultura e o turismo.
A regularização foi um pré-requisito para conquistar o Selo de Qualidade em Turismo do Sebrae, essencial para a expansão do negócio. Houve um aumento significativo no número de turistas na Palmitolândia e também na procura por parte de agências de turismo que desejam incluir a propriedade em seus pacotes na região. “A formalização é fundamental porque o turismo precisa de regras claras e segurança. O Cadastur atua como uma grande rede de apoio, informação e conhecimento, dando mais visibilidade ao projeto”. afirma, Gabi.
A nova regulamentação do Cadastur vem ao encontro do que Gabriela acredita ser o futuro do turismo rural. Para ela, a formalização é o primeiro passo para essa transformação. “O Cadastur foi essencial para consolidar nossa participação no mercado do turismo. É uma vitrine que nos permite ver e ser visto em todo o mundo. O turismo transforma vidas, cidades e realidades inteiras! E o caminho para essa transformação passa necessariamente pela formalização do negócio, até para a segurança do próprio empreendedor. O Cadastur funciona como uma verdadeira rede de apoio e trocas ricas de informação e conhecimento”.
Por Victor Mayrink
Assessoria de Comunicação Social do Ministério do Turismo
Fonte: Ministério do Turismo

Turismo
Ministério do Turismo disponibilizará Pontos de Informação Turística para a COP30 em Belém (PA)

A cidade de Belém (PA) terá Pontos de Informação Turística (PITs) com informações bilíngues para acolhimento aos visitantes que participarão da COP30, que acontecerá em novembro. Diante da expectativa de receber mais de 40 mil visitantes na Conferência Mundial do Clima, as estruturas trarão informações sobre a cidade em pontos de grande circulação e estratégicos do evento. O anúncio foi feito pelo ministro do Turismo, Celso Sabino, durante agenda com o presidente Lula nesta quinta-feira (02.10), na capital paraense, para a inauguração do Parque Linear da Nova Doca.
O Protocolo de intenções que viabiliza a instalação dos PITs faz parte de um acordo que une esforços do Ministério do Turismo, da Secretaria Extraordinária para a COP30, da Embratur, do Governo do Pará e da Prefeitura de Belém.
O ministro Celso Sabino destacou que os Pontos de Informação Turística reforçam a importância da COP30 como um marco para o turismo amazônico.
“Esse acolhimento com os pontos de informação posicionados estrategicamente vão mostrar ao mundo o potencial do Pará e do Brasil, oferecendo uma experiência acolhedora, informativa, alinhada à sustentabilidade e fortalecendo o legado da COP da Amazônia para o turismo nacional”, afirmou o ministro.
A visita do presidente da República à cidade teve como objetivo entregar obras da COP30 e anunciar novos investimentos, e os PITs fazem parte da estratégia do turismo para atender o grande público esperados no encontro.
O presidente Lula agradeceu o empenho do ministro Celso Sabino na preparação da COP30 e frisou que o encontro deste ano vai reforçar a imagem positiva do Brasil no exterior.
“Nós vamos virar motivo de orgulho para o mundo a partir dessa COP. Aqui, quando a gente resolve trabalhar com o governo municipal, o governo estadual e o governo federal juntos, ninguém consegue segurar. A gente quer ser o exemplo mundial de defesa do clima”, declarou Lula.
Ao ressaltar os excelentes números da atividade turística brasileira na sua fala, Celso Sabino ressaltou que os esforços do governo federal vêm mudando a história do turismo do Brasil.
“Presidente Lula, seu governo está escrevendo uma nova história no turismo brasileiro e amazônico. Semana passada, recebemos o turista de número 7 milhões no Brasil, e até dezembro de 2025 o seu governo vai registrar a marca histórica de 10 milhões de turistas. O resultado mais gratificante é o que toca o cidadão: a geração de empregos. Desde 2023, foram mais de 500 mil vagas com carteira assinada criadas em atividades ligadas ao turismo”, enfatizou o ministro do Turismo.
Também participaram do anúncio o governador do Pará, Helder Barbalho; o prefeito de Belém, Igor Normando; o diretor-geral da Itaipu Binacional, Enio Verri; o ministro das Cidades, Jader Filho, e o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, entre várias outras autoridades.
ATENDIMENTO – A instalação dos Pontos de Informação Turística será realizada em pontos estratégicos de Belém, incluindo áreas de grande fluxo de visitantes, como o Aeroporto Internacional, a Estação das Docas, os arredores da Basílica de Nazaré e as zonas Verde e Azul da COP30.
As unidades vão oferecer atendimento bilíngue, informações sobre roteiros culturais, gastronômicos e de ecoturismo, além de orientações sobre serviços essenciais, como saúde, segurança e transportes.
Também estão previstas ações interativas, a disponibilização de totens digitais, estandes temáticos e a distribuição de materiais sustentáveis e informativos, reforçando a imagem de um Brasil comprometido com a biodiversidade e o turismo responsável.
A rede de PITs oferecerá suporte durante a COP30, mas também será um legado duradouro para o turismo de Belém e do Pará, consolidando a cidade como destino estratégico para o ecoturismo, o turismo cultural e de base comunitária.
Por Cíntia Luna e Cléo Soares
Assessoria de Comunicação do Ministério do Turismo
Fonte: Ministério do Turismo
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