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Colheita do trigo avança no Rio Grande do Sul e culturas de verão ganham ritmo

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O tempo seco e ensolarado tem favorecido o avanço da colheita do trigo no Rio Grande do Sul, que já alcança 10% dos 1.141.224 hectares cultivados. Segundo o Informativo Conjuntural divulgado pela Emater/RS-Ascar nesta quinta-feira (23/10), as condições meteorológicas — com temperaturas amenas, boa luminosidade e menor umidade — estimularam tanto a maturação quanto o início da colheita, especialmente nas áreas de plantio mais precoce.

De maneira geral, as lavouras apresentam elevado potencial produtivo, resultado do manejo adequado da adubação e do controle fitossanitário. Mesmo com a presença de doenças fúngicas como giberela, brusone e ferrugens, o estado sanitário das plantações é considerado satisfatório. Os grãos colhidos têm apresentado índices de PH acima de 78, assegurando boa qualidade industrial.

As produtividades variam de 2.400 a 4.200 kg/ha, conforme a região e o nível tecnológico empregado. A reestimativa da safra 2025 da Emater/RS-Ascar aponta produtividade média revisada de 3.261 kg/ha, um aumento de 8,81% em relação à projeção inicial.

Região de Soledade registra bom desempenho

Na região administrativa de Soledade, as lavouras de trigo seguem em excelente condição fisiológica e sanitária, com 80% das áreas em enchimento de grãos, 15% em maturação e 5% em floração. As chuvas recentes mantiveram boa umidade no solo, o que garante produtividades acima de 3.900 kg/ha em propriedades com alta tecnologia. O controle de doenças fúngicas está em fase final, com atenção especial à giberela, ferrugens e oídio.

Aveia-branca apresenta bom rendimento e qualidade industrial

A colheita da aveia-branca também avança com resultados positivos. As produtividades variam entre 2.300 e 2.900 kg/ha, dependendo do nível tecnológico, e a qualidade dos grãos é considerada satisfatória. Foram observados pequenos casos de acamamento e danos por granizo, mas sem impacto relevante na produtividade estadual.

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De acordo com a reestimativa da Emater/RS-Ascar, a área cultivada com aveia-branca é de 393.252 hectares, com produtividade média atual de 2.445 kg/ha, o que representa alta de 8,48% em relação à previsão inicial.

Canola encerra ciclo com resultados regulares

A canola entra na reta final de maturação e colheita, com produtividades entre 1.500 e 2.100 kg/ha, conforme as condições locais e o manejo adotado. A qualidade dos grãos é satisfatória, embora em algumas regiões haja descontos por umidade e impurezas, reduzindo a rentabilidade.

A dessecação pré-colheita tem sido usada para uniformizar a maturação e otimizar o cronograma das operações. Mesmo com desempenho dentro do esperado, a cultura foi afetada pela irregularidade hídrica no início do ciclo e pela redução de estande de plantas. A área total cultivada é de 176.076 hectares, com produtividade revisada de 1.659 kg/ha, uma queda de 4,49% em relação à estimativa inicial.

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Cevada mantém alto potencial produtivo

As lavouras de cevada se encontram nas fases de enchimento de grãos e maturação, com condições sanitárias satisfatórias e bom potencial de rendimento. A radiação solar e a umidade adequada têm favorecido o acúmulo de amido, fator essencial para a qualidade industrial.

As áreas plantadas mais cedo já iniciaram a colheita, com produtividades médias entre 3.800 e 4.000 kg/ha, desempenho compatível com o padrão tecnológico do cultivo. A estimativa atual aponta 3.458 kg/ha, alta de 8,14% sobre a projeção inicial da Emater/RS-Ascar.

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Culturas de verão avançam com cautela no Estado

Semeadura da soja inicia com atenção à umidade do solo

A semeadura da soja avança de forma lenta, devido à estratégia de produtores em postergar o plantio para evitar riscos de falta de umidade em novembro e dezembro. Fatores como baixas temperaturas, solo seco e priorização da colheita de cereais de inverno também influenciam o ritmo.

Produtores aproveitam o período para realizar dessecação e ajustes no solo, além de encaminhar laudos para acessar a nova linha de crédito federal voltada a agricultores afetados por perdas recentes. Há indícios de redução no uso de fertilizantes e maior utilização de sementes próprias, reflexo dos custos elevados.

As primeiras áreas implantadas estão nas fases de embebição e germinação. O avanço mais expressivo da semeadura deve ocorrer no fim de outubro. Para a safra 2025/2026, a Emater/RS-Ascar projeta 6.742.236 hectares e produtividade média de 3.180 kg/ha.

Milho apresenta bom desenvolvimento

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A cultura do milho está em diferentes estágios de semeadura e desenvolvimento conforme as regiões. Nas principais áreas produtoras, o plantio já foi praticamente concluído, com lavouras em germinação e crescimento vegetativo.

A boa disponibilidade hídrica e as temperaturas adequadas têm beneficiado o cultivo, que deve atingir 785.030 hectares e produtividade média de 7.376 kg/ha. O Manejo Integrado de Pragas (MIP) tem sido amplamente adotado para o controle de cigarrinha-do-milho, lagarta-do-cartucho e vaquinha, com monitoramento constante.

Milho para silagem mantém bom desempenho

A semeadura do milho destinado à silagem já alcança metade da área prevista. As lavouras estão, em sua maioria, na fase vegetativa, com colmos robustos e bom índice de área foliar, reflexo de condições climáticas favoráveis.

Há redução no uso de fertilizantes minerais, com maior adoção de adubação orgânica. Para a safra 2025/2026, a Emater/RS-Ascar estima área de 366.067 hectares e produtividade média de 38.338 kg/ha.

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Arroz avança com tempo seco e bom preparo do solo

O tempo seco favoreceu o avanço da semeadura do arroz em boa parte do Estado. A redução das chuvas permitiu acesso às áreas com excesso de umidade e viabilizou a construção de taipas e o preparo do solo.

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Nas áreas de várzea com drenagem mais lenta, o plantio ocorre de forma mais gradual, mas já atinge dois terços da área prevista em regiões mais secas. O cultivo pré-germinado segue em desenvolvimento normal, e a área total estimada pelo Irga é de 920.081 hectares, com produtividade média de 8.752 kg/ha, segundo a Emater/RS-Ascar.

Feijão da primeira safra tem bom início

A semeadura do feijão 1ª safra ocorre de forma escalonada, variando conforme a região. No Sul, o plantio segue ritmo gradual, enquanto nos Campos de Cima da Serra será iniciado em dezembro.

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As lavouras mais adiantadas estão em florescimento, e as demais, em desenvolvimento vegetativo. O clima das últimas semanas, com temperaturas em elevação e chuvas regulares, tem favorecido o crescimento das plantas.

A área projetada é de 26.096 hectares, com produtividade média de 1.779 kg/ha, de acordo com a Emater/RS-Ascar.

Pastagens e criações mantêm bom desempenho

As pastagens nativas e cultivadas apresentam bom desenvolvimento, garantindo aumento da oferta de forragem e ganhos de peso dos animais. Nas áreas de Integração Lavoura-Pecuária (ILP), os animais foram retirados para o preparo das lavouras de soja e milho, e o rebrote das pastagens perenes começa a contribuir para a alimentação dos rebanhos.

Na bovinocultura de corte, os rebanhos mantêm boas condições corporais, com destaque para o aumento da oferta de animais destinados à engorda e ao abate. Já na bovinocultura de leite, a produção diminuiu em parte da região da Campanha devido ao calor, mas segue estável em Erechim, Ijuí e Passo Fundo, onde a oferta de forragem permanece adequada.

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Na ovinocultura, os produtores se preparam para a nova fase reprodutiva, com desmame e suplementação alimentar dos cordeiros, visando à comercialização de fim de ano. Casos pontuais de verminose foram registrados, sem impactos significativos.

A piscicultura também ganha força com o aumento das temperaturas e os níveis adequados de água nos açudes, favorecendo o crescimento dos peixes e a introdução de novos alevinos.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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AGRONEGÓCIO

Dólar acelera frente ao real após anúncio de acordo comercial EUA-China e sinalização cautelosa do Fed

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O dólar à vista abriu o dia em alta no Brasil, repercutindo o fortalecimento da moeda norte-americana frente a várias outras divisas. Na manhã desta quinta-feira, o câmbio comercial era cotado em cerca de R$ 5,3895 por dólar, segundo dados em tempo real.

Nos contratos futuros de primeiro vencimento negociados na B3, o dólar futuro avançava aproximadamente 0,40%.

Acordo comercial entre EUA e China impulsiona mercados cambiais

Durante encontro em Busan, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente da China, Xi Jinping, anunciaram um acordo para redução tarifária sobre produtos chineses. As tarifas sobre importações da China devem cair de 57% para 47%. Em contrapartida, China concordou em suspender por um ano controles de exportação sobre terras raras, insumos cruciais para indústrias como automotiva, aeroespacial e de defesa. Também há compromisso de conter o comércio ilícito de fentanil, opioide sintético que tem sido foco das autoridades americanas.

Esse anúncio reforça a busca global por risco reduzido e afeta positivamente diversos pares cambiais, gerando valorização do dólar frente a moedas de países emergentes.

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Influência da política monetária dos EUA

Na véspera, o Federal Reserve (Fed) reduziu sua taxa básica de juros em 25 pontos base, ajustando a faixa para cerca de 3,75% – 4,00%. Essa foi a segunda redução do ano, em meio a sinais de arrefecimento no mercado de trabalho americano. No entanto, o presidente do Fed, Jerome Powell, indicou que cortes adicionais não são garantidos no próximo encontro de dezembro.

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A postura cautelosa reduz expectativas de estímulo contínuo, o que impacta mercados globais — especialmente os de títulos públicos dos EUA, cujos rendimentos têm avançado.

Cenário doméstico e implicações para economia e agronegócio

Com o dólar mais caro, importações tornam-se mais onerosas, elevando custos para insumos agrícolas que dependem de componentes importados. Ao mesmo tempo, exportadores do agronegócio podem se beneficiar da conversão em real mais favorável para receitas em dólar.

A variação cambial mais intensa também pressiona setores como fertilizantes, defensivos ou peças agrícolas importadas.

Perspectivas de mercado financeiro

Os mercados internacionais reagiram com cautela: apesar da redução de juros nos EUA, a incerteza quanto a novos cortes assustou investidores, ampliando a aversão ao risco e impulsionando o dólar.

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No Brasil, esse movimento cambial pode agravar pressões inflacionárias, impactando custos de produção no setor agrícola e gerando volatilidade nos contratos futuros de commodities.

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Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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