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VIOLÊNCIA DOMÉSTICA

Homem é preso no Morada da Serra por ameaçar matar esposa após noite de bebedeira

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Vítima relatou à polícia um histórico de agressões, ciúme doentio e xingamentos; suspeito, de 48 anos, nega as ameaças, mas confessa parte da discussão.

Uma discussão iniciada por ciúmes e potencializada pelo álcool terminou com a prisão em flagrante de um homem de 48 anos, na noite deste domingo (26), no bairro Morada da Serra, em Cuiabá. W.R.S. é acusado de ameaçar de morte e injuriar sua esposa, a dona de casa C.R.C.M., de 36 anos, que, temendo por sua vida, acionou a Polícia Militar. O caso expõe um ciclo de violência doméstica que, segundo a vítima, se arrasta há anos, marcado por agressões anteriores, medidas protetivas e reconciliações que invariavelmente descambavam para novas brigas.

O estopim de uma crise anunciada

O chamado que mobilizou a viatura da Polícia Militar, por volta das 21h10, partiu de uma mulher em desespero. Ao chegarem à residência da família, na Rua Cisne, os policiais Paulo Oliveira de Freitas e Jose Cleber Rodrigues dos Santos Campos encontraram um cenário de alta tensão. A vítima, C.R.C.M., relatou que tentava se separar do marido há vários dias, mas ele se recusava a aceitar o fim do relacionamento.

Naquela noite, a situação atingiu um ponto crítico. Segundo o boletim de ocorrência, W.R.S. havia ingerido bebida alcoólica e, durante uma discussão, passou a proferir ameaças de morte caso ela insistisse na separação, além de ofender sua honra com “várias palavras de baixo calão”. A vítima também acusou o marido de ter se apossado de seu aparelho celular e se recusado a devolvê-lo, um padrão de controle que, segundo ela, era recorrente.

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Uma história de idas e vindas

Em seu depoimento à delegada Carla Evangelista Lindenberg Nogueira, a vítima detalhou uma relação de cinco anos marcada pela instabilidade. Ela contou que as brigas eram frequentes, quase sempre motivadas pelo “ciúme doentio do suspeito e pelo excesso de consumo de álcool”. Esta não era a primeira vez que a violência escalava a ponto de envolver a polícia.

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C.R.C.M. lembrou que, há cerca de cinco anos, quando estava grávida da filha do casal, hoje com 4 anos, foi agredida fisicamente com empurrões. Naquela ocasião, W.R.S. foi preso e ficou detido por 21 dias, sendo liberado com o uso de tornozeleira eletrônica. Medidas protetivas foram solicitadas e, por um tempo, respeitadas. O casal ficou separado por oito meses, mas reatou após uma audiência. Contudo, a paz não durou. Novas medidas protetivas foram pedidas em 2021, 2023 e, mais recentemente, em julho de 2024.

A vítima descreveu um comportamento que se tornava progressivamente mais agressivo, relatando que o marido chegou a arrancá-la à força de dentro da igreja, xingando-a de “vagabunda, demônia e desgraça” na frente de todos os fiéis.

A versão do suspeito

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Ouvido pela autoridade policial, W.R.S. apresentou uma versão diferente para a briga daquela noite. Ele confirmou ter bebido “cerca de cinco latas de cerveja” em uma distribuidora e que a discussão com a esposa começou quando o ex-marido dela apareceu para buscar os enteados. O pedreiro admitiu ter se incomodado com a situação e que, no calor do momento, ambos trocaram xingamentos, confessando tê-la chamado de “vagabunda”.

No entanto, ele negou veementemente as acusações mais graves. “Afirma não ter ameaçado a esposa”, consta em seu termo de interrogatório, “que nega ter pegado o celular dela e diz não saber onde o aparelho possa estar”. Apesar de um histórico criminal que inclui outros indiciamentos pela Lei Maria da Penha, ele afirmou estar com o ânimo “calmo” antes e depois do ocorrido.

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Diante dos fatos, a delegada Carla Evangelista ratificou a voz de prisão em flagrante pelos crimes de ameaça e injúria, no âmbito da violência doméstica, e, considerando a “grave ameaça contra a mulher em situação de vulnerabilidade”, deixou de arbitrar fiança, determinando o encaminhamento de W.R.S. para a audiência de custódia. A vítima manifestou o desejo de representar criminalmente contra o marido e solicitou novas medidas protetivas, incluindo o botão do pânico e acompanhamento da Patrulha Maria da Penha.


Para entender melhor:

  • Auto de Prisão em Flagrante (APF): Documento elaborado pela autoridade policial (delegado) quando alguém é preso no momento em que está cometendo um crime ou logo após. Ele formaliza a prisão e reúne os primeiros elementos do caso, como depoimentos da vítima, do condutor (quem efetuou a prisão), de testemunhas e o interrogatório do suspeito.
  • Injúria (Art. 140 do Código Penal): Crime contra a honra que consiste em ofender a dignidade ou o decoro de alguém, com xingamentos e palavras de baixo calão, por exemplo. Diferente da calúnia e da difamação, a injúria atinge a honra subjetiva, ou seja, o que a pessoa pensa de si mesma.
  • Ameaça (Art. 147 do Código Penal): Crime que consiste em ameaçar alguém, por palavra, escrito ou gesto, de causar-lhe um mal injusto e grave. O objetivo da lei é proteger a liberdade psíquica e a tranquilidade da pessoa.
  • Medida Protetiva de Urgência: Ordens judiciais concedidas para proteger mulheres em situação de violência doméstica, previstas na Lei Maria da Penha. Podem incluir o afastamento do agressor do lar, a proibição de contato com a vítima e seus familiares e a suspensão da posse de armas, entre outras.
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CUIABÁ

Maysa Leão homenageia servidores do CMEI Professora Marília Inês Pedrollo em Sessão Solene na Câmara de Cuiabá

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Em comemoração ao Dia do Servidor Público, celebrado em 28 de outubro, a vereadora Maysa Leão (Republicanos) promoveu, na noite desta quarta-feira (29), uma Sessão Solene especial no Plenário da Câmara Municipal de Cuiabá. A homenagem foi dedicada aos 84 servidores do Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) Professora Marília Inês Pedrollo, reconhecendo o compromisso, o cuidado e a dedicação de cada profissional que atua na base da educação infantil da capital.
A cerimônia foi marcada por emoção, aplausos e expressões de gratidão aos educadores que, diariamente, se dedicam à formação das futuras gerações cuiabanas. Compuseram a mesa de honra a diretora do CMEI, Marlene Cassol Klaus, a coordenadora Vanessa de Lima Santos, a servidora Darilene Nascimento Correia, Técnica de Desenvolvimento Infantil (TDI), e o secretário Cristian Rodrigo Teixeira.
Durante o discurso, Maysa Leão destacou a importância de reconhecer e valorizar o trabalho dos profissionais da educação infantil, reforçando que o servidor público é o coração do serviço prestado à população.
“Eu queria poder fazer isso com todos os educadores de todas as unidades, porque a gente sabe que não é fácil ser professor, ainda mais na primeira infância. É uma responsabilidade imensa: receber a criança que sai do colo da mãe, lidar com os desafios do aprendizado e dos cuidados diários. Ser educador em um CMEI é estar em alerta o tempo todo, porque a responsabilidade é total. Essas pessoas merecem toda a glória, toda a honra e todo o reconhecimento”, afirmou a vereadora.
Maysa, que também é professora por formação, lembrou com emoção de sua trajetória. “Meu primeiro emprego de carteira assinada foi como professora de inglês. Sou filha de professores e sei o quanto essa profissão exige dedicação. Por isso, essa homenagem é mais do que justa,  é um gesto de respeito e valorização por quem constrói o futuro da nossa cidade”, completou.
A diretora do CMEI, Marlene Cassol Klaus, ressaltou a importância do reconhecimento. “É um privilégio para nós sermos lembrados. Represento aqui mais de 100 servidores que atendem 335 crianças com muito amor e responsabilidade. Muitas colegas disseram que é a primeira homenagem que recebem em tantos anos de serviço público. Isso é muito significativo e nos motiva ainda mais”, declarou.
Com 19 anos de atuação na rede municipal, a servidora Darilene Nascimento Correia também expressou gratidão.“Esse momento é memorável. Estou na rede desde os 17 anos, e é a primeira vez que recebo um reconhecimento como este. Me sinto muito honrada. Essa homenagem coroa um trabalho feito com amor, dedicação e acolhimento”, disse emocionada.
A coordenadora Vanessa de Lima Santos reforçou a importância do reconhecimento como incentivo para os profissionais. “Ser servidora da educação é enfrentar desafios diários, acolher as crianças e suas realidades. Esse reconhecimento nos dá força para continuar, porque a educação é o que planta o futuro, e é essa semente que cuidamos todos os dias”, afirmou.
Ao final da solenidade, os homenageados receberam a Moção de Aplausos. Para a vereadora Maysa Leão, o gesto simboliza o respeito e a gratidão da sociedade cuiabana. “O servidor público é quem faz o serviço acontecer. Quando a gente reconhece, valoriza e celebra essas pessoas, a gente está fortalecendo a nossa cidade e o nosso futuro”, concluiu.

Fonte: Câmara de Cuiabá – MT

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