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Violência Doméstica

Noite de fúria e ciúmes termina com casal esfaqueado no Jardim Europa

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O homem teria se enfurecido com a vítima por ela ter saído com uma amiga; em meio à luta, ambos ficaram feridos com uma faca e precisaram de atendimento médico.

Uma discussão motivada por ciúmes escalou para um episódio de violência física na noite do último domingo, dia 26, em uma residência no bairro Jardim Europa, em Cuiabá, culminando na prisão em flagrante de um homem por agressão contra sua companheira. R. R. dos S., um homem de 22 anos, foi detido pela Polícia Militar após, segundo o relato da vítima, agredi-la com um tapa no rosto e uma mordida nas costas. Durante a briga, a vítima, C. S. C. D., uma doméstica autônoma de 29 anos, pegou uma faca para se defender, e na confusão, ambos acabaram com cortes nas pernas.

O caso, que mobilizou equipes do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar, expõe mais um grave episódio enquadrado na Lei Maria da Penha, revelando as dinâmicas de um relacionamento marcado por conflitos e abuso.

As duas versões de uma noite violenta

A polícia foi acionada por volta das 21h para atender a uma ocorrência de violência doméstica na Rua São Paulo. Ao chegarem, os policiais militares Thiago Lázaro Alves Borges e Jonatan Perpetuo Vieira encontraram o casal já recebendo os primeiros socorros de uma equipe de resgate. Ambos foram encaminhados ao Hospital Municipal de Cuiabá (HMC) para tratamento médico antes de serem levados à Central de Flagrantes.

Em seu depoimento à delegada Carla Evangelista Lindenberg Nogueira, a vítima, C. S. C. D., contou que convive com R. R. dos S. há cerca de seis meses, período no qual as agressões verbais eram diárias, com xingamentos como “vagabunda” e “puta”. Ela afirmou que esta foi a primeira vez que a violência se tornou física. No dia do ocorrido, ela havia saído para visitar uma amiga e, ao retornar para casa, por volta das 17h, foi recebida com ironia pelo companheiro.

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A situação rapidamente se deteriorou. Segundo C. S. C. D., R. R. dos S. a acusou de “sair para procurar homens” e desferiu um tapa em sua boca, causando um sangramento devido ao aparelho dentário que ela usa. Para se defender, ela pegou uma faca na cozinha. Na luta que se seguiu, ambos caíram no chão, momento em que ele a mordeu nas costas, deixando um hematoma. Foi nesse instante que, ao tentar se desvencilhar, a faca atingiu a perna direita dela e a perna esquerda dele. O prontuário médico confirma que a vítima levou oito pontos no ferimento.

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Já o suspeito, R. R. dos S., apresentou uma narrativa completamente diferente aos policiais no local. Ele alegou que a companheira passou o dia fora consumindo bebida alcoólica e, ao chegar em casa, começou a importuná-lo, chegando a arremessar panelas em sua direção. Ele afirmou que, em dado momento, ela se armou com a faca e passou a atacá-lo. Para se defender, ele a segurou por trás e a mordeu nas costas na tentativa de fazê-la soltar a arma, mas sem sucesso. Segundo ele, foi ela quem, durante o confronto, acabou se ferindo e o ferindo com a faca. Ele negou ter bebido e afirmou que apenas se defendeu para não ser morto. Contudo, durante seu interrogatório formal na delegacia, R. R. dos S. optou por exercer seu direito constitucional de permanecer em silêncio.

Ação policial e enquadramento legal

Após analisar os depoimentos, os laudos médicos e as evidências colhidas no local, a delegada Carla Evangelista Lindenberg Nogueira ratificou a voz de prisão em flagrante. R. R. dos S. foi autuado pelos crimes de lesão corporal e injúria, ambos no âmbito da Lei Maria da Penha.

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A autoridade policial destacou a gravidade dos fatos e a situação de vulnerabilidade da mulher, decidindo por não arbitrar fiança. Em seu despacho, a delegada ressaltou que a concessão seria “totalmente inviável” diante do emprego de violência e da necessidade de proteger a vítima, encaminhando o caso ao Poder Judiciário para análise de uma possível decretação de prisão preventiva. A vítima manifestou o desejo de representar criminalmente contra o agressor e solicitou medidas protetivas de urgência.

O Formulário Nacional de Avaliação de Risco preenchido pela vítima revelou um histórico de ciúme excessivo e controle por parte do agressor, que, segundo ela, faz uso de cocaína. C. S. C. D. também afirmou acreditar que ele “tem capacidade” de atentar contra sua vida, o que reforçou a percepção de risco. O suspeito foi encaminhado à Gerência de Custódia e aguarda a audiência de custódia.

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Para entender melhor:

  • Auto de Prisão em Flagrante (APF): Documento elaborado pela autoridade policial (delegado) que formaliza a prisão de uma pessoa surpreendida cometendo um crime ou logo após cometê-lo.
  • Lei Maria da Penha (Lei 11.340/06): Legislação brasileira criada para coibir e prevenir a violência doméstica e familiar contra a mulher. Prevê mecanismos de proteção como as medidas protetivas e penas mais rigorosas para os agressores.
  • Lesão Corporal: Crime que consiste em ofender a integridade corporal ou a saúde de outra pessoa. No contexto de violência doméstica, a pena é qualificada, ou seja, mais grave.
  • Injúria: Crime contra a honra que consiste em ofender a dignidade ou o decoro de alguém, por meio de xingamentos, por exemplo.
  • Medida Protetiva de Urgência: Ordem judicial emitida para proteger uma vítima de violência doméstica. Pode incluir o afastamento do agressor do lar, a proibição de contato e a suspensão da posse de arma de fogo.
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CUIABÁ

Maysa Leão homenageia servidores do CMEI Professora Marília Inês Pedrollo em Sessão Solene na Câmara de Cuiabá

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Em comemoração ao Dia do Servidor Público, celebrado em 28 de outubro, a vereadora Maysa Leão (Republicanos) promoveu, na noite desta quarta-feira (29), uma Sessão Solene especial no Plenário da Câmara Municipal de Cuiabá. A homenagem foi dedicada aos 84 servidores do Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) Professora Marília Inês Pedrollo, reconhecendo o compromisso, o cuidado e a dedicação de cada profissional que atua na base da educação infantil da capital.
A cerimônia foi marcada por emoção, aplausos e expressões de gratidão aos educadores que, diariamente, se dedicam à formação das futuras gerações cuiabanas. Compuseram a mesa de honra a diretora do CMEI, Marlene Cassol Klaus, a coordenadora Vanessa de Lima Santos, a servidora Darilene Nascimento Correia, Técnica de Desenvolvimento Infantil (TDI), e o secretário Cristian Rodrigo Teixeira.
Durante o discurso, Maysa Leão destacou a importância de reconhecer e valorizar o trabalho dos profissionais da educação infantil, reforçando que o servidor público é o coração do serviço prestado à população.
“Eu queria poder fazer isso com todos os educadores de todas as unidades, porque a gente sabe que não é fácil ser professor, ainda mais na primeira infância. É uma responsabilidade imensa: receber a criança que sai do colo da mãe, lidar com os desafios do aprendizado e dos cuidados diários. Ser educador em um CMEI é estar em alerta o tempo todo, porque a responsabilidade é total. Essas pessoas merecem toda a glória, toda a honra e todo o reconhecimento”, afirmou a vereadora.
Maysa, que também é professora por formação, lembrou com emoção de sua trajetória. “Meu primeiro emprego de carteira assinada foi como professora de inglês. Sou filha de professores e sei o quanto essa profissão exige dedicação. Por isso, essa homenagem é mais do que justa,  é um gesto de respeito e valorização por quem constrói o futuro da nossa cidade”, completou.
A diretora do CMEI, Marlene Cassol Klaus, ressaltou a importância do reconhecimento. “É um privilégio para nós sermos lembrados. Represento aqui mais de 100 servidores que atendem 335 crianças com muito amor e responsabilidade. Muitas colegas disseram que é a primeira homenagem que recebem em tantos anos de serviço público. Isso é muito significativo e nos motiva ainda mais”, declarou.
Com 19 anos de atuação na rede municipal, a servidora Darilene Nascimento Correia também expressou gratidão.“Esse momento é memorável. Estou na rede desde os 17 anos, e é a primeira vez que recebo um reconhecimento como este. Me sinto muito honrada. Essa homenagem coroa um trabalho feito com amor, dedicação e acolhimento”, disse emocionada.
A coordenadora Vanessa de Lima Santos reforçou a importância do reconhecimento como incentivo para os profissionais. “Ser servidora da educação é enfrentar desafios diários, acolher as crianças e suas realidades. Esse reconhecimento nos dá força para continuar, porque a educação é o que planta o futuro, e é essa semente que cuidamos todos os dias”, afirmou.
Ao final da solenidade, os homenageados receberam a Moção de Aplausos. Para a vereadora Maysa Leão, o gesto simboliza o respeito e a gratidão da sociedade cuiabana. “O servidor público é quem faz o serviço acontecer. Quando a gente reconhece, valoriza e celebra essas pessoas, a gente está fortalecendo a nossa cidade e o nosso futuro”, concluiu.

Fonte: Câmara de Cuiabá – MT

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