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ECONOMIA

Brasil e China reforçam cooperação técnica em defesa comercial e monitoramento de fluxos bilaterais

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Em continuidade à cooperação e ao fortalecimento das relações comerciais entre os dois países, a equipe técnica do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) recebeu, nesta terça-feira (28/10), em Brasília (DF), a delegação do Ministério do Comércio da China para diálogo sobre temas de defesa comercial e monitoramento de fluxos bilaterais.

O encontro ocorreu no âmbito do Mecanismo de Cooperação em Matéria de Defesa Comercial, vinculado à Subcomissão Econômico-Comercial da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação (COSBAN) — fórum que promove o diálogo e o intercâmbio contínuo entre os dois governos.

A secretária de Comércio Exterior (Secex) do MDIC, Tatiana Prazeres, abriu a reunião destacando o papel estratégico da parceria para o fortalecimento da relação bilateral.

“O intercâmbio técnico entre Brasil e China é essencial para fortalecer a confiança mútua e garantir previsibilidade nas relações comerciais. Em um cenário global em transformação, o diálogo franco e o monitoramento conjunto ajudam a antecipar tendências, avaliar riscos e buscar soluções que promovam uma relação comercial sólida e vantajosa para ambos os países”, afirmou Tatiana Prazeres.

Durante o encontro, as delegações discutiram o monitoramento bilateral de possíveis desvios de comércio e a publicação de estatísticas oficiais de comércio exterior, com vistas a aprimorar a qualidade das informações e a prevenir práticas desleais. Também foram abordados métodos de identificação de exportações via trading companies e aspectos relacionados ao funcionamento do sistema de IVA chinês, temas que impactam diretamente a competitividade e a previsibilidade das operações comerciais.

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Destaque especial foi conferido à investigação de salvaguarda chinesa de carne bovina, atualmente em curso e com previsão de encerramento em novembro de 2025. O Brasil destacou a sensibilidade do caso para a sua pauta exportadora, especialmente considerando que o item representa pilar da complementariedade que marca a relação comercial sino-brasileira.

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As delegações também compartilharam atualizações institucionais e apresentaram métodos e práticas adotados pelas autoridades nacionais em investigações de defesa comercial. As discussões técnicas contribuíram para aprofundar o entendimento mútuo sobre os instrumentos de defesa comercial, reforçando o compromisso de ambos os governos com um comércio justo e pautado por normas internacionais.

O Brasil está entre os principais usuários de instrumentos de defesa comercial no mundo, especialmente das medidas antidumping, e tem registrado uma demanda crescente por seu uso. Em 2024, o país alcançou recordes históricos: foram iniciadas 71 investigações, recebidas 106 petições, aplicados 14 direitos provisórios e concluídas 23 investigações ou revisões. Já em 2025, foi aberta a maior investigação da história, abrangendo 25 NCMs do setor siderúrgico.

As medidas de defesa comercial são instrumentos legítimos e previstos em acordos internacionais, fundamentais para proteger a indústria nacional de práticas desleais, assegurar condições justas de concorrência e fortalecer a confiança no ambiente de negócios.Pelo lado brasileiro, participaram do encontro os diretores do Departamento de Defesa Comercial, Márcio Hissa, e do Departamento de Estatísticas e Estudos de Comércio Exterior, Herlon Brandão; e pelo lado chinês, o vice-diretor geral do Departamento de Defesa Comercial do Ministério do Comércio, Li Zengli, acompanhados de outros integrantes das equipes, e, do Ministério das Relações Exteriores..

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A COSBAN é a instância permanente de mais alto nível de cooperação entre Brasil e China, presidida pelos vice-presidentes dos dois países, e reúne onze subcomissões temáticas, incluindo a Econômico-Comercial e de Cooperação.

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Em 2024, o comércio bilateral entre Brasil e China alcançou US$ 158 bilhões, um recorde histórico. O país asiático segue como principal parceiro comercial brasileiro há 16 anos consecutivos.

Fonte: Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços

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ECONOMIA

Brasil e Paraguai iniciam piloto de certificados de origem digital no setor automotivo

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A partir de segunda-feira (3/11), Brasil e Paraguai darão um importante passo na implementação do Certificado de Origem Digital (COD) para o setor automotivo, no contexto do Acordo de Complementação Econômica nº 74 (ACE-74), celebrado entre os dois países.

O certificado de origem, emitido pelas 47 entidades habilitadas pelo governo brasileiro, é essencial para garantir a preferência tarifária prevista no Acordo.

A iniciativa representa um avanço significativo na modernização e integração dos procedimentos de comprovação de origem, ampliando o uso da certificação digital já consolidada no ACE-18 (Mercosul) para um setor estratégico do comércio bilateral.

“A expansão do uso do certificado reforça o compromisso do Brasil com a facilitação do comércio, a transformação digital e o fortalecimento das cadeias produtivas regionais”, afirmou o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin.

É estimada uma redução no tempo de emissão de 48 horas para apenas 2 horas e uma diminuição de 95% no custo do processo.

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O Certificado de Origem Digital substitui a emissão em papel por um formato totalmente eletrônico, oferecendo mais agilidade, segurança e rastreabilidade às operações de exportação e importação.

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No âmbito do ACE-74, entre Brasil e Paraguai, o COD proporcionará redução de custos administrativos e maior eficiência no desembaraço aduaneiro, beneficiando diretamente a indústria automotiva. O piloto será conduzido pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do MDIC e a implementação definitiva do sistema está prevista para o dia 1º de dezembro.

“O certificado é uma ferramenta que simplifica o dia a dia de quem exporta e importa. A digitalização reduz etapas, amplia a transparência e aumenta a previsibilidade nas transações comerciais.”, destacou a secretária de Comércio Exterior do MDIC, Tatiana Prazeres.

Comércio bilateral

Em 2024, o comércio entre Brasil e Paraguai totalizou US$ 7,2 bilhões, com superávit brasileiro de US$ 273 milhões, segundo dados da SECEX. De janeiro a setembro de 2025, o Brasil exportou US$ 2,9 bilhões para o Paraguai, representando crescimento de 6,15% frente ao mesmo período de 2024, enquanto as importações provenientes do país totalizaram US$ 2,5 bilhões, uma queda de 3,32%.

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O intercâmbio é fortemente composto por produtos da indústria de transformação, que respondem por 96% das exportações brasileiras e 48% das importações. Entre os principais itens exportados destacam-se fertilizantes, máquinas agrícolas, bebidas alcoólicas e automóveis, enquanto as compras do Paraguai concentram-se em energia elétrica, arroz, soja e equipamentos elétricos.

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O comércio de “Veículos automóveis, tratores, ciclos e outros veículos terrestres, suas partes e acessórios”, objeto geral do ACE-74, envolveu, em 2024, US$ 374,5 milhões em exportações brasileiras para o Paraguai.

Com essa iniciativa, Brasil e Paraguai reafirmam o compromisso com a integração regional e com o uso de soluções digitais no comércio exterior, fortalecendo o ambiente de cooperação econômica e industrial no Mercosul e promovendo maior competitividade e eficiência nas trocas bilaterais.

Fonte: Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços

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