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ECONOMIA

Governo abre diálogo para que Brasil não sofra impactos da crise dos semicondutores

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O presidente em exercício e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, deu início às tratativas com a China em busca de soluções para a crise global de semicondutores, que pode afetar o setor automotivo no Brasil.

Nesta terça-feira (28), Alckmin se reuniu com representantes dos setores automotivo, de autopeças e de trabalhadores, que estiveram no MDIC para pedir apoio do governo brasileiro na solução da crise internacional.

O problema, de natureza geopolítica, começou com a intervenção do governo holandês em uma empresa chinesa que opera na Holanda e detém 40% do mercado mundial de chips essenciais para carros flex. Em reação, o governo chinês suspendeu a exportação de semicondutores produzidos na fábrica localizada na China, o que também ameaça a indústria brasileira.

Em resposta imediata ao pedido do setor produtivo, Alckmin conversou com o embaixador da China no Brasil, Zhu Qingqiao, para solicitar que o país tenha acesso aos semicondutores utilizados em veículos flex. O embaixador se comprometeu a levar a demanda ao governo chinês.

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O ministro também conversou com o embaixador do Brasil na China, Marcos Bezerra Abbott Galvão, e afirmou que pode buscar diálogo por meio da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação (Cosban), da qual é presidente, para encontrar soluções favoráveis ao Brasil diante dessa crise internacional de semicondutores para veículos.

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Diálogo em busca de solução

Em entrevista coletiva após a reunião, o secretário de Desenvolvimento Industrial, Inovação, Comércio e Serviços do MDIC, Uallace Moreira, explicou que o objetivo do diálogo com a China é evitar que o Brasil seja incluído na suspensão do fornecimento e assegurar o acesso aos componentes essenciais para a produção de veículos.

“Há uma prioridade total por parte do vice-presidente, inclusive como representante do Brasil na Cosban, em ampliar e aprofundar esse diálogo para resolver a questão o mais rápido possível, defendendo as empresas e também os empregos”, explicou o secretário. Na negociação, o Brasil se compromete com o uso interno do produto, com garantia de rastreabilidade.

Ele informou que as empresas estimam ter insumos para cerca de duas semanas de produção. O setor automotivo representa 20% da indústria de transformação. De acordo com Moreira, “uma parada na produção impactaria diretamente 130 mil empregos diretos e 1,3 milhão”.

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Fonte: Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços

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ECONOMIA

BNDES anuncia novo investimento em produção de carros eletrificados no Brasil

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O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou nesta sexta-feira (31/10) financiamento de R$ 2,3 bilhões para que a Volkswagen do Brasil invista no desenvolvimento de novas tecnologias de eletrificação e na expansão das exportações.

O anúncio, ocorrido na fábrica de São Bernardo (SP) da montadora, está em linha com as diretrizes da Nova Indústria Brasil (NIB) e contou com a presença do vice-presidente e ministro do MDIC, Geraldo Alckmin, além do presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, e de executivos da montadora.

“Aqui está um exemplo da Nova Indústria Brasil: uma indústria inovadora, com produtos e engenharia brasileira indo para o mundo”, destacou Alckmin.

“Só no Brasil, a Volkswagen vai investir R$ 16 bilhões em inovações que trazem segurança, para termos um carro híbrido, flex, fabricado no Brasil, que emite menos de 83 gramas de CO2 por quilômetro e que tem 80% de reciclabilidade”.

O investimento permitirá que a Volkswagen lance modelos híbridos leves, híbridos e híbridos plug-in, desenvolvidos com engenharia nacional e preparados para aproveitar o potencial dos biocombustíveis brasileiros.

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A operação se insere na linha de crédito BNDES Mais Inovação, voltada ao fortalecimento da neoindustrialização brasileira por meio de projetos de pesquisa, engenharia e inovação tecnológica, em áreas como segurança veicular e conectividade.

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Os recursos também incluem a linha BNDES Exim Pré-Embarque, destinada a impulsionar as exportações da montadora, que já é a maior exportadora do setor automotivo brasileiro, com mais de 4,4 milhões de veículos enviados a 147 países desde 1970. Entre janeiro e setembro de 2025, a empresa registrou crescimento de 43% nas exportações, em comparação ao mesmo período do ano anterior.

Até o momento, o BNDES já aprovou R$ 252 bilhões em financiamento de projetos da Nova Indústria Brasil. Para Alckmin, isso mostra o papel do BNDES como banco do desenvolvimento, do emprego e da inovação.

Alckmin ressaltou, ainda, o programa Carro Sustentável, que tem estimulado a compra de carros nacionais ao zerar o IPI de veículos mais econômicos, eficientes, sustentáveis e fabricado no Brasil.

“Para o carro sustentável, o presidente Lula zerou o IPI e está vendendo 24,8% a mais. Aos sábados, quando eu posso, visito uma concessionária para acompanhar. A pessoa da concessionária gosta, porque o carro sustentável atrai e ajuda a vender também os outros carros”, destacou.

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O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, destacou o papel da NIB para a inovação da indústria nacional.

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“O apoio do BNDES à inovação de empresas brasileiras está no cerne da política industrial do governo do presidente Lula. Uma indústria mais inovadora, capaz de desenvolver tecnologias aliadas à descarbonização no setor automotivo, é uma indústria que olha para o futuro. E o futuro é a transição energética”, afirmou.

Segundo ele, para superar o desafio da neoindustrialização, é necessário garantir condições de financiamento adequadas para que as empresas brasileiras não fiquem em desvantagem em relação a seus competidores internacionais.

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Foto: Cadu Gomes/VPR

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Fonte: Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços

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