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Nova política de carbono da União Europeia deve elevar custos dos fertilizantes a partir de 2026

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CBAM entrará em vigor em 2026 e trará novas despesas para importadores

A União Europeia (UE) se prepara para implementar, a partir de janeiro de 2026, o Mecanismo de Ajuste de Carbono nas Fronteiras (CBAM) — uma política climática voltada a taxar as emissões de carbono embutidas em produtos importados.

Segundo análise da StoneX, empresa global de serviços financeiros, a medida deve impactar diretamente o mercado de fertilizantes nitrogenados, um dos principais insumos utilizados pela agricultura europeia.

Taxação afetará competitividade e custos de produção

De acordo com Tomás Pernías, analista de Inteligência de Mercado da StoneX, a nova política tende a aumentar os custos de produção dos agricultores europeus, que já enfrentam um ambiente econômico desafiador devido ao encarecimento da produção interna.

“As indústrias europeias vêm arcando com custos elevados para cumprir as metas de redução de emissões. Esse cenário tem levado muitos compradores a buscarem produtos estrangeiros, menos afetados por regulações ambientais rigorosas. O CBAM surge justamente para equilibrar essa competitividade entre produtores locais e externos”, explica Pernías.

Política busca evitar o ‘vazamento de carbono’

O CBAM será aplicado inicialmente às importações de cimento, eletricidade, fertilizantes, alumínio, ferro e alguns produtos químicos.

O objetivo é evitar o chamado “vazamento de carbono”, fenômeno em que empresas transferem sua produção para países com regras ambientais mais brandas, enfraquecendo as metas de descarbonização do bloco europeu.

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Importadores precisarão comprar certificados de carbono

Com a nova regra, importadores de produtos intensivos em carbono terão que adquirir certificados de carbono equivalentes às emissões geradas durante a produção desses bens fora da União Europeia.

Na prática, a exigência funcionará como uma nova despesa obrigatória, pressionando toda a cadeia de suprimentos e elevando o preço final dos fertilizantes e demais insumos agrícolas.

Empresas antecipam compras para evitar aumento de custos

Diante da incerteza sobre a aplicação do CBAM, importadores europeus têm ampliado seus estoques para reduzir riscos futuros.

“Ainda não há total clareza sobre a metodologia de cálculo do CBAM, o que tem levado muitas empresas a antecipar as compras como forma de se proteger de eventuais aumentos de preços”, ressalta Pernías.

A expectativa é que, com a entrada em vigor do mecanismo, o mercado agrícola europeu passe por novos ajustes de preços e margens, impactando desde a indústria até o consumidor final.

Fonte: Portal do Agronegócio

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Fonte: Portal do Agronegócio

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AGRONEGÓCIO

Itaú BBA projeta safra maior de café em 2026, mas alerta para riscos climáticos e volatilidade no mercado

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A atualização das Perspectivas 2025/26, divulgada pela Consultoria Agro do Itaú BBA, apresenta uma análise abrangente sobre o setor cafeeiro e projeta uma colheita mais robusta para 2026, impulsionada pelo desempenho das lavouras de arábica. O estudo, no entanto, destaca que o clima segue como principal fator de risco, especialmente para as regiões mais sensíveis às variações de temperatura e precipitação.

Condições climáticas ainda desafiam a produção de arábica

O relatório aponta que o ano de 2025 foi novamente marcado por um período seco prolongado, com cerca de sete meses de estiagem, semelhante ao registrado em 2024. A diferença, porém, foi o registro de temperaturas mais baixas, o que atenuou parte dos impactos negativos sobre as lavouras.

Após um outubro com chuvas escassas e floradas atrasadas, o retorno das precipitações em novembro, aliado às temperaturas mais amenas, contribuiu para uma recuperação satisfatória do pegamento dos frutos.

Com esse cenário, a consultoria estima que a safra 2026 deve superar a de 2025, cuja produção foi calculada em 62,8 milhões de sacas de 60 kg, sendo 38,7 milhões de arábica e 24,1 milhões de robusta.

Produtores mais capitalizados e lavouras bem preparadas

Segundo o Itaú BBA, o avanço técnico da cafeicultura foi favorecido por relações de troca mais vantajosas entre café e insumos agrícolas ao longo de 2025. Essa condição, aliada à maior capitalização dos produtores, permitiu investimentos em tratos culturais e melhoria das condições das lavouras.

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Com bom volume de chuvas até abril, o ciclo 2026/27 se apresenta potencialmente mais produtivo. No entanto, o relatório ressalta que a ocorrência de veranicos ou mudanças bruscas no regime de chuvas pode comprometer parte das projeções.

“Para que a expectativa de uma boa safra se concretize, é essencial que o clima permaneça favorável nos próximos meses”, destaca o Itaú BBA.

Oferta global ainda restrita deve sustentar preços

Mesmo com o Brasil caminhando para uma safra mais volumosa, a consultoria projeta que a oferta global de café continuará relativamente apertada, o que deve impedir quedas acentuadas nos preços internacionais.

Por outro lado, há espaço para crescimento da produção em outros países e uma possível moderação no consumo global, impactado pelos altos preços ao consumidor final. Esses fatores devem manter os preços em níveis estáveis, porém mais ajustados em relação aos atuais.

O relatório recomenda que os produtores aproveitem o momento favorável para realizar fixações de preços, assegurando boas margens de rentabilidade diante da volatilidade do mercado.

Mercado deve manter volatilidade e exigir gestão de risco

A consultoria prevê que o balanço global de café em 2026 será de leve superávit, o que, combinado com a instabilidade climática, tende a manter a volatilidade elevada nas cotações.

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Nesse cenário, o Itaú BBA reforça a importância de gestão de risco eficiente, tanto para produtores quanto para traders e indústrias, de forma a garantir proteção financeira diante de possíveis oscilações.

Exportações devem se beneficiar de retirada de tarifas nos EUA

Outro ponto destacado pelo relatório é a retirada das tarifas sobre o café verde brasileiro nos Estados Unidos, o que deve favorecer a retomada dos fluxos comerciais para o país norte-americano.

Ainda assim, o Itaú BBA projeta que o volume total exportado até junho de 2026 será menor, reflexo da menor disponibilidade inicial de grãos e da logística ajustada nas origens produtoras.

Fonte: Portal do Agronegócio

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Fonte: Portal do Agronegócio

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