Flagrante no Despraiado
Atendente nega tráfico, mas é preso com cocaína, maconha e balanças no Despraiado
Suspeito de 23 anos alegou à polícia que era coagido por outro homem, que fugiu; na delegacia, disse que era apenas usuário e que nada foi achado com ele.
A noite de sexta-feira (7) terminou na cadeia para um atendente de 23 anos em Cuiabá. Carlos Eduardo Pinho de Oliveira, conhecido pelo vulgo “Samurai”, foi preso em flagrante por tráfico de drogas. A prisão ocorreu em uma casa abandonada na Rua Budapeste, Bairro Despraiado. Policiais militares encontraram com ele e no local porções de pasta base, maconha, balanças de precisão e dinheiro trocado.
O suspeito apresentou duas versões conflitantes. Aos PMs, no calor da abordagem, disse ser coagido por um traficante. Na delegacia, negou o crime e afirmou ser apenas usuário.
A denúncia “formiguinha”
A ação policial começou de forma atípica. Uma pessoa foi presencialmente até a sede da 21ª CIPM. O comunicante, que “RECUSOU-SE IDENTIFICAR”, fez uma denúncia detalhada. Ele descreveu um homem (careca, camisa branca, calça verde) que estaria vendendo drogas no bairro. A modalidade era a “formiguinha”, pequenas entregas.
O denunciante também apontou o local: uma residência abandonada. O suspeito usava o imóvel para armazenar e manipular os entorpecentes.
Uma equipe da GAP (Grupo de Apoio) foi ao endereço. No local, os policiais visualizaram um homem com as características exatas da denúncia. Ao notar a viatura, “Samurai” demonstrou nervosismo. Ele tentou fugir para dentro da casa abandonada, mas foi seguido e abordado pela equipe.
O kit do tráfico
A busca pessoal revelou os primeiros indícios. No bolso da bermuda de Carlos Eduardo, os PMs encontraram uma porção de pasta base de cocaína, embalada em um invólucro azul. Com ele, havia também R$ 50,00 em dinheiro.
Questionado, o próprio suspeito indicou uma bancada dentro do imóvel. Ali, a polícia encontrou o restante dos materiais. Eram duas balanças de precisão, um pote de vidro contendo maconha e uma pedra maior de pasta base de cocaína.
No local havia ainda um pé de planta semelhante à cannabis sativa, R$ 39,00 em notas trocadas, uma faca de mesa e um cigarro de maconha parcialmente consumido. Os policiais apreenderam também um iPhone verde e um tablet amarelo.
Contradições na delegacia
No momento da abordagem, “Samurai” tentou se eximir da responsabilidade. Ele alegou aos policiais que estava sendo coagido a ajudar na venda. Segundo ele, o verdadeiro responsável, um homem de apelido “Orelha”, teria fugido pelos fundos ao notar a chegada da polícia.
Essa versão, contudo, mudou na Central de Flagrantes.
Perante a delegada Jannira Laranjeira Siqueira Campos Moura, Carlos Eduardo negou a acusação de tráfico. Ele afirmou que a residência pertence a outro indivíduo, identificado como “MARCOS VULGO ‘ORELHA’”.
O suspeito declarou que foi à casa apenas para comprar droga para uso próprio, pois se declarou usuário de maconha. Ele alegou que, no momento da abordagem, outros usuários e o próprio “Orelha” fugiram, restando somente ele no local.
Em um ponto crucial do interrogatório, “Samurai” afirmou que “nada de ilícito foi localizado em seu poder”. A declaração contradiz diretamente o relato policial, que registrou a apreensão de droga e R$ 50,00 em seu bolso. Apesar de negar o tráfico, o atendente admitiu que “faz tempo que compra drogas” naquele ponto.
Flagrante confirmado
Os policiais militares ouvidos na delegacia ratificaram a ocorrência. O condutor, Edgar Pessoa da Silva, confirmou toda a narrativa. A testemunha, o PM Cleberson da Silva Rafael, declarou que “CONFIRMA O DEPOIMENTO DO CONDUTOR”. O relatório policial observa que o depoimento da testemunha foi uma cópia idêntica da narrativa do primeiro policial.
As substâncias apreendidas foram enviadas à POLITEC. O laudo pericial foi juntado ao auto de prisão e deu resultado POSITIVO para Cocaína e para Cannabis sativa L. (Maconha).
Diante da materialidade (drogas) e dos indícios de autoria (contexto da prisão e apreensões), a delegada Jannira Laranjeira autuou Carlos Eduardo em flagrante pelo Art. 33, tráfico de drogas. Por ser um crime inafiançável, não foi arbitrada fiança, e o suspeito foi encaminhado à Gerência de Custódia.
Carlos Eduardo declarou em seu interrogatório ter apenas o ensino fundamental, trabalhar como atendente com salário de R$ 1.500,00 e não possuir antecedentes criminais.
VÁRZEA GRANDE
De paixão a profissão: curso de cozinheiro muda histórias no Cras Cristo Rei
“Foi incrível. Muitos meses de conhecimento, aprendizado e parceria. Só tenho a agradecer à Prefeitura de Várzea Grande e ao Senac por essa oportunidade. Eu já trabalho na área, mas era sem formação. Agora, com o curso, o que faço por amor ficará ainda mais completo. Esse projeto foi maravilhoso, mudou meu olhar e me aprimorou para além do que eu imaginava”, contou o agora cozinheiro Maiky Oliveira, um dos 12 várzea-grandenses que concluíram o curso de Cozinheiro, realizado no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) Cristo Rei, em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac/MT).
Com carga horária de 500 horas, o curso ofereceu vagas para 20 alunos e foi promovido pela Secretaria de Assistência Social de Várzea Grande, por meio do Núcleo de Qualificação de Cursos VG+Cursos. Durante os meses de formação, os participantes aprenderam técnicas e habilidades essenciais da gastronomia, passando por etapas de preparo de alimentos, boas práticas na cozinha, montagem de pratos e gestão básica de cozinha.
A secretária de Assistência Social, Cristina Saito, destacou que cada curso ofertado por meio da parceria com o Senac, representa muito mais do que capacitação técnica, são ferramentas de transformação social e geração de oportunidades.
“Nosso maior objetivo é oferecer oportunidades que realmente façam a diferença na vida das pessoas. Cada curso concluído representa uma porta aberta para o futuro, uma chance de recomeço e de autonomia. Ver esses alunos do Cristo Rei se formando, cheios de sonhos e planos, é a prova de que estamos no caminho certo. A parceria com o Senac reforça nossa missão de promover inclusão social e qualificação profissional de qualidade, fortalecendo as famílias e impulsionando o desenvolvimento de Várzea Grande”, afirmou.
Cristina ainda ressaltou que a Prefeitura tem investido continuamente em ações de qualificação e inclusão produtiva, especialmente por meio dos CRAS, que funcionam como pontos de acesso para quem busca melhorar de vida.
“Cada certificado entregue é um símbolo de esperança e conquista. Queremos que mais várzea-grandenses encontrem no conhecimento uma forma de mudar sua realidade”, completou a secretária.
Gerente do Núcleo de Qualificação de Cursos, Rita de Cássia Pizati, celebrou a conclusão de mais uma turma, e antecipa que no próximo ano as oportunidades dobrarão fortalecendo a capacitação dos munícipes.
“A cada turma concluída, reforçamos nosso compromisso com a qualificação profissional e a transformação social em Várzea Grande. Ver esses alunos se formando, prontos para ingressar no mercado de trabalho ou empreender, é motivo de muito orgulho. O curso de cozinheiro é um exemplo de como o conhecimento pode abrir portas e mudar destinos”, destacou.
Galeria de Fotos (2 fotos)
-
CIDADES3 dias agoEXCLUSIVO: Prefeito de Rosário Oeste, Mariano Balabam, fala que “tem um jeitinho brasileiro” para tratar denúncia de carne clandestina no Municipio e demite Fiscal veterinária, ouça áudio
-
ALMT5 dias agoALMT atua para fortalecer saúde e assistência aos povos indígenas em mato grosso
-
CUIABÁ5 dias agoHomem é preso em Cuiabá por enforcar, ameaçar companheira com faca e fugir com o filho
-
DESTAQUE4 dias agoFracasso no alemão: como a operação mais letal da história do Rio se conecta a um aliado do governador




